Post-reperfusion liver biopsy and its value in predicting mortality and graft dysfunction after liver transplantation
Biópsia hepática pós-reperfusão e sua utilização na predição da mortalidade e da disfunção hepática pós-transplante

ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (3), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Background:

The outcome of the patients after liver transplant is complex and to characterize the risk for complications is not always easy. In this context, the hepatic post-reperfusion biopsy is capable of portraying alterations of prognostic importance.

Aim:

To compare the results of liver transplantation, correlating the different histologic features of the hepatic post-reperfusion biopsy with graft dysfunction, primary non-function and patient survival in the first year after transplantation.

Method:

From the 377 transplants performed from 1996 to 2008, 164 patients were selected.

Medical records were reviewed and the following clinical outcomes were registered:

mortality in 1, 3, 6 and 12 months, graft dysfunction in varied degrees and primary graft non-function. The post-reperfusion biopsies had been examined by a blinded pathologist for the outcomes.

The following histological variables had been evaluated:

ischemic alterations, congestion, steatosis, neutrophilic exudate, monomorphonuclear infiltrate and necrosis.

Results:

The variables associated with increased mortality were: steatosis (p=0.02209), monomorphonuclear infiltrate (p=0.03935) and necrosis (p<0.00001). The neutrophilic exudate reduced mortality in this study (p=0.00659). The primary non-function showed significant association (p<0.05) with the necrosis, steatosis and the monomorphonuclear infiltrate.

Conclusion:

Post-reperfusion biopsy is useful tool to foresee complications after liver transplant.

RESUMO Racional:

A evolução dos pacientes após transplante hepático é complexa e caracterizar o risco para complicações nem sempre é fácil. Nesse contexto, a biópsia hepática pós-reperfusão é capaz de retratar alterações de importância prognóstica.

Objetivo:

Avaliar os resultados no primeiro ano após transplante hepático, correlacionando as alterações histológicas à biópsia hepática pós-reperfusão com a sobrevida, a disfunção e o não-funcionamento primário do enxerto.

Método:

Dos 377 transplantes ocorridos de 1996 a 2008, 164 pacientes foram selecionados para estudo.

Os seguintes desfechos clínicos foram registrados:

mortalidade em 1, 3, 6 e 12 meses, disfunção do enxerto em graus variados e o não-funcionamento primário do enxerto. As biópsias pós-reperfusão foram examinadas por um patologista sem conhecimento dos resultados.

As seguintes variáveis histológicas foram avaliadas:

alterações isquêmicas, congestão, esteatose, exsudato neutrofílico, infiltrado monomorfonuclear e necrose.

Resultados:

As variáveis associadas com aumento da mortalidade foram: esteatose (p=0.02209), infiltrado monomorfonuclear (p=0.03935) e necrose (p<0.00001). O infiltrado neutrofílico reduziu a mortalidade neste estudo (p=0.00659). O não-funcionamento primário do enxerto mostrou associação significativa (p<0.05) com a necrose, a esteatose e com o infiltrado monomorfonuclear.

Conclusão:

A biópsia hepática pós-reperfusão é ferramenta útil em prever complicações após o transplante hepático.

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