The current state of jejunal autotransplants in cervical esophagoplasty
ABCD (São Paulo, Impr.); 3 (1), 1988
Publication year: 1988
Vários procedimentos técnicos têm sido propostos para substituiçäo do esôfago cervical e/ou da faringe, após sua ressecçäo. A reconstituiçäo do trânsito esofágico procura conseguir formar um neo-esôfago funcionamente com que se pretende devolver ao paciente um mecanismo de deglutiçäo próximo do normal, evitando-se o refluxo do conteúdo digestivo, bem como "dumping", má-absorçäo e diarréia. Nos casos de esofagectomia sub-total, a reconstituiçäo tem sido realizada principalmente com o cólon ou o estômago. Contudo, tem-se procurado cada vez mais a realizaçäo de resecçöes econômicas preservando o esôfago distal no trânsito digestivo. Neste aspecto particular, auto-transplantes intestinais têm nas duas últimas décadas como opçäo técnica para a resoluçäo desta questäo. O primeiro estudo que serviu de base e modelo para todos os que se sucederam, foi o de Seidenberg e col., em 1959. Todos os demais transplantes realizados basearam-se no implante de uma víscera oca, segmento gástrico, cólico ou de delgado, implantando-o em nível cervical, garantindo seu suprimento vascular através de anastomoses arteriais e venosas com os vasos do pescoço. A medida que a experiência foi aumentando, verificou-se que os segmentos de intestino delgado seriam, pela melhor adequaçäo de calibre e facilidade de ressecçäo, os mais indicados para a substituçäo do esôfago cervical. Deste modo, o autotransplante intestinal para a substituçäo do esôfago cervical passou a ser o método de escolha, principalmente nas ressecçöes radicais de laringe e/ou traquéia, e ainda quando é necessário ressecar o esôfago cervical por afecçöes benignas