Estresse e transtornos mentais comuns em trabalhadores de enfermagem
Stress and common mental disorders among nursing workers
Estrés y trastornos mentales comunes en trabajadores de enfermería
Rev. eletrônica enferm; 10 (4), 2008
Publication year: 2008
O estresse é referido em estudos científicos como fator relevante no processo de determinação de agravos à saúde, incluindo os trabalhadores da saúde. O trabalho da equipe de enfermagem a coloca sob tensão e à mercê de riscos, dentre os quais os psicossociais e emocionais. Este estudo objetivou analisar a exposição ao estresse no trabalho, tendo como desfecho a ocorrência de transtornos mentais comuns (TMC) entre profissionais de enfermagem. Trata-se de um estudo seccional realizado com 1182 trabalhadores de um hospital federal localizado no Município do Rio de Janeiro. A variável independente ¾ estresse no trabalho ¾ foi investigada através da escala resumida Job Stress Scale, adaptada para o português por Alves e colaboradores. O Modelo Demanda-Controle de Karasek e Theorell foi utilizado para avaliar as dimensões psicossociais estudadas. A variável dependente TMC foi avaliada de acordo com a versão reduzida do Self Reporting Questionnaire. A prevalência de TMC encontrada foi 23,6%, sendo 20,9% entre os trabalhadores permanentes e 26,4% entre temporários (p= 0,027). As maiores prevalências de TMC foram observadas no sexo feminino, entre os mais jovens, de maior escolaridade e sem filhos. Profissionais com trabalho de alta exigência (alta demanda e baixo controle) apresentaram 3,6 vezes (IC 95%: 1,95-6,61) mais TMC do que aqueles com trabalho de baixa exigência (baixa demanda e alto controle). Em relação as variáveis laborais, as maiores prevalências observadas foram para profissionais com turno misto, alta carga horária e esforço físico acima da média encontrada. Na análise estratificada das categorias de estresse e do grau de demanda e controle no trabalhado, foi observado nítido gradiente tipo dose resposta. Foi constatada associação entre a exposição às dimensões de estresse e suspeição de TMC, após o controle do confundimento introduzido pelas variáveis, sexo, idade, carga horária, turno, grau de esforço físico no trabalho e vínculo empregatício. Os resultados apontam para a necessidade de medidas de intervenção na organização do trabalho, com o intuito de diminuir o estresse no trabalho promovendo a saúde mental.
Stress is referred in scientific studies as a significant factor in the determining health problems process, including health workers. The nursing team work, it's putted under stress and at the mercy of risks, among which the psychological and emotional. This study has had as an objective to examine the exposure to stress at work, with the outcome of the occurrence of common mental disorders (CMD) among professionals in nursing. This is a divided study carried out among 1.182 employees from a federal hospital located in the municipality of Rio de Janeiro. The independent variable ¾ stress at work ¾ has been investigated by the graduation summarized job stress scale, adapted to Portuguese by Alves and cols. The Model Demand?Control by Karasek and Theorell was used to assess the psychosocial dimensions studied. The dependent variable CMD was evaluated according to the reduced version of the Self Reporting Questionnaire. The CMD prevalence found was 23, 6% and 20,9% among the permanent workers and 26,4% between temporary (p = 0027). The CMD greatest prevalence was observed in females, among the young, more schooling and without children. Professionals working with high demand (high demand and low control) had 3,6 (95% CI: 1,95-6,61) CMD more times than those with low labor requirement (low demand and high control). At the variables labor, the great prevalence's were observed by professionals with mixed round, big load hourly and physical effort above average. In stratified analysis from stress category and demand and control degree at work, was observed clear dose response gradient type. It was observed association between the CMD and exposition to demand and control dimensions, after the control of confounders introduced by variables, sex, age, working hours, shift, level of physical exertion at work and employment. The results point to the need for measures to intervene in the organization of work in order to reduce stress at work promoting mental health.
El estrés es referido en estudios científicos como factor relevante en el proceso de determinación de agravios a la salud, incluyendo los trabajadores de la salud. El trabajo del equipo de enfermería a puede provocar tensión y exposición a riesgos, de entre los cuales los psicosociales y emocionales. Este estudio objetivó analizar la exposición al estrés en el trabajo, teniendo como desenlace la ocurrencia de trastornos mentales comunes (TMC) entre profesionales de enfermería. Se trata de un estudio seccional realizado con 1182 trabajadores de un hospital federal localizado en el Municipio de Río de Janeiro. La variable independiente fue investigada a través de ¾ estrés en el trabajo ¾ la escala resumida Job Stress Scale, adaptada para el portugués por Alves y colaboradores. El Modelo Demanda-Control de Karasek y Theorell fue utilizado para evaluar las dimensiones psicosociales estudiadas. La variable dependiente TMC fue evaluada de acuerdo con la versión reducida del Self Reporting Questionnaire. La prevalencia de TMC encontrada fue 23,6%, siendo 20,9% entre los trabajadores permanentes y 26,4% entre temporales (p = 0,027). Las mayores prevalencias de TMC fueron observadas en el sexo femenino, entre los más jóvenes, de mayor escolaridad y sin hijos. Profesionales con trabajo de alta exigencia (alta demanda y bajo control) presentaron 3,6 veces (IC 95%: 1,95-6,61) más TMC que aquellos con trabajo de baja exigencia (baja demanda y alto control). En relación las variables laborales, las mayores prevalencias observadas fueron para profesionales con turno mixto, alta carga horaria y esfuerzo físico por encima de la media encontrada. En el análisis estratificado de las categorías de estrés y del grado de demanda y control del trabajo, fue observado nítido gradiente tipo dosis respuesta. Fue constatada asociación entre la exposición a las dimensiones de estrés y TMC, después del control del confundimento introducido por las variables, sexo, edad, carga horaria, turno, grado de esfuerzo físico en el trabajo y vínculo laboral. Los resultados apuntan la necesidad de medidas de intervención en la organización del trabajo, con el objetivo de disminuir el estrés en el trabajo promoviendo la salud mental.