Os acontecimentos que envolvem o nascimento de um bebê prematuro ou doente e sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal levam as mães a manifestarem sentimentos e comportamentos perante essa situação, que nem sempre são compeendidos pelos profissionais que as assistem nesse evento. O objetivo do estudo foi conhecer as representações sociais, elaborados por Moscovici (1986). Os dados foram obtidos através de entrevista. Foram entrevistadas nove mães, cujos filhos estavam internados na UTI neonatal da Maternidade Escola de Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1999. A constatação do Filho Real é uma das categorias expressivas deste estudo, composta pelos temas: a fragilidade do filho, uma realidade difícil, uma viência única e compartilhada. Expressam a vivência dessas mães e o processo de transformação de suas representações sociais acerca do filho e seu processo de hospitalização. Essa transformação é propiciada pela superação do medo a partir da convivência no ambiente da UTI Neonatal. Esse movimento é marcado pela participação processual gradativa, efetiva e legítima das mães junto ao filho na unidade, mostrando a construção de novas representações acerca do fenômeno