Estudo de natureza exploratória e descritiva com abordagem quanti-qualitativa, cujo objeto é o conhecimento, opiniões e expectativas de trabalhadores de empresa sobre o uso e abuso do álcool e outras drogas. Os objetivos visam identificar o perfil sociodemográfico dos trabalhadores, os fatores de riscos que envolvem o uso e abuso de drogas no trabalho e analisar o seu conhecimento e opiniões sobre esse fenômeno. O referencial teórico abrange conceitos fundamentais sobre promoção da saúde, drogas e sua prevenção. O estudo foi realizado no Município do Rio de Janeiro, em 2002, tendo sido aplicado questionário estruturado em 315 trabalhadores.

A análise estatística dos dados destaca os seguintes resultados:

o perfil dos trabalhadores, em sua maioria, é do sexo masculino, com nível de escolaridade superior completo e faixa de 40 a 50 anos; entre os possíveis riscos para o uso e abuso de drogas foram evidenciados o estresse gerado pelo trabalho (89,19 por cento), rivalidade com colegas (47,93 por cento), problemas pessoais (18,3 por cento) e insatisfação com o trabalho e função que desempenham (15,5 por cento); já utilizavam drogas (27 por cento); os trabalhadores consideram que o uso de drogas é feito de forma autocontrolada; as estratégias preventivas apontadas foram a educação através de palestras nos setores, criação de espaço para a comunicação com profissionais de saúde, conscientização e incentivo à prática de esportes. Conclui-se que os trabalhadores têm conhecimento sobre drogas, adquirido através da mídia. Eles destacaram como fator de risco o estresse no trabalho e como estratégia de prevenção a educação no trabalho.