Heidegger paraa bioética
Heideger sobre lla bioética
Heidegger n bioetthics

Rev. latinoam. bioét; 14 (2), 2014
Publication year: 2014

Dentro do atual panorama de crise global, tenta-se colocar em discussão a proposta do filósofo Martin Heidegger, que pode modificar a formulação de uma boa parte das questões bioéticas. O filósofo alemão apresenta uma nova noção do humano, não mais como "pessoa" ou "agente racional", mas como Dasein, como existente, mostrando seu confronto contra o paradigma baconiano-cartesiano, que tem norteado a atual visão tecnológica e capitalista do mundo. Heidegger sustenta que o perigo inicia-se desde uma visão do mundo como objeto de exploração, norteada pela metafísica como constante esquecimento da finitude, criando estruturas fixas de pensar. Segundo ele, a Modernidade foi construída em torno a três ideias: o sujeito como centro e fundamento, a ciência como critério único de verdade e o progresso e sua consequente tecnificação do mundo; haveria que liberar um espaço para outro tipo de criação que não exclua a técnica, mas que também não a enobreça a um ponto que o resto desapareça. Num plano mais próximo da Bioética, Heidegger pode ser extremamente instigante na questão da distinção saúde-doença e problemas como a medicalização, na tentativa de obter uma noção existencial destes conceitos, superando a sua visão metafísica tradicional. A saúde deixa de ser um acontecimento objetivo para transformar-se em projeto existencial.
Dentro del actual panorama de crisis global, se intenta poner en discusión la propuesta del filósofo Martin Heidegger, que puede modificar la formulación de una buena parte de las cuestiones bioéticas. El filósofo presenta una nueva noción de lo humano, no solo como "persona" o "agente racional". Según el concepto del Dasein, la modernidad fue construida en torno a tres ideas: el sujeto como centro y fundamento, la ciencia como criterio único de verdad en el progreso y su consecuente tecnificación del mundo; habría que liberar un espacio para otro tipo de creación que no excluya la técnica, pero que tampoco la exalte hasta el punto de que lo demás desaparezca. Heidegger puede ser extremadamente instigante en cuanto a la distinción salud-enfermedad y problemas como la medicalización, en el intento de obtener una noción existencial de estos conceptos, superando su visión metafísica tradicional. La salud entonces deja de ser un acontecimiento objetivo para transformarse en un proyecto existencial.
Within the present global crisis, we discuss some proposals of the philosopher Martin Heidegger concerning the human being that could sensibly modify the formulation of a good portion of bioethical questions. He introduces a new concept of human, not as a person or rational agent.

According to Dasein modernity was built around three main ideas:

the subject as a center, science as the sole criterion of truth and progress and the consequent technification of the world. There would have to liberate a place for another kind of creation that doesn't excludes the technical and neither stands out it to the point to make everything else disappear. Heidegger can be extremely useful on the issue of health-illness distinction and medicalization, in an attempt to obtain an existential notion of these concepts surpassing the traditional metaphysical view. Health is no longer a fact, but an existential project.

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