ABCS health sci; 40 (3), 2015
Publication year: 2015
INTRODUÇÃO:
A saúde coletiva, campo de saberes e práticas sobre o processo saúde-doença-cuidado, leva às graduações em saúde questões teórico-metodológicas e tecnologias de intervenções ao exercício profissional. Historicamente, posiciona-se à margem do projeto político-pedagógico da formação em saúde, particularmente médica, de modelo biologizante e hospitalocêntrico. De acordo com a Constituição de 1988, Saúde é um Direito Social e o Sistema de Saúde, público e universal. Surgem formulações às políticas educacionais e saúde. É competência do Sistema Único de Saúde (SUS) ordenar a formação de recursos humanos. As Diretrizes Curriculares Nacionais para as graduações em saúde apontam perfis profissionais voltados às necessidades de saúde da população,exigindo novas metodologias de ensino-aprendizagem e cenários de práticas pedagógicas. Nessa perspectiva, o ensino da saúde coletiva emerge com importância singular. RELATO DE EXPERIÊNCIA:
A saúde coletiva na Medicina da Faculdade de Medicina do ABC era grade de disciplinas básicas do 2º ano. Um novo currículo modifica essa inserção. Até 2013, disciplina anual, em 3 módulos: epidemiologia, bioestatística e políticas e organização de serviços de saúde. Temas de ciências sociais e humanas desenvolviam-se no 1º ano, módulo interdisciplinar Bases do Exercício Profissional. A grande concentração, nesse período, das disciplinas de morfologia e fisiologia, aproximações incipientes nos serviços de saúde e baixa exposição aos problemas de adoecimento e cuidado da população desafiavam o ensino-aprendizagem da saúde coletiva. CONCLUSÃO:
Desenvolveram-se estratégias pedagógicas que superassem esse contexto, propiciando experiências cognitivas e habilidades psicomotoras favoráveis à apreensão dos conteúdos da saúde coletiva. Resultados positivos do exame recente do Conselho Regional de Medicina fortalecem essas iniciativas pedagógicas.
INTRODUCTION:
Collective health, a of knowledge and practices concerning health, illness and care, introduces medicine students to methodological and theoretical issues and intervention technologies for professional practice. Historically, collective health occupies a subordinate position within the political and pedagogical project which orients health education. This project is hospital-centered and emphasizes biological themes. Accordingto the Brazilian's 1988 Constitution, health is a social right and the Health System is public and universal. New educational and health policies were then formulated. It is the role of Unified Health System to organize the training of human resources. The National Curriculum Guidelines for health undergraduate courses point to professional profiles which can meet population's health needs. This requires new teaching methodologies and scenarios for pedagogical practices. From this view, the collective health teaching becomes very important. EXPERIENCE REPORT:
Collective health in the Medical course at ABC Medical School was one of the basic disciplines for second year students. A new curriculum changed this. Until 2013, it was an annual discipline in three modules: epidemiology, biostatistics and policies and organization of health services. During the first year, themes of social and human sciences were approached as part of Professional Practices Basis. But the teaching of collective health faces several challenges:
the great concentration, during this period, of Morphology and Physiology subjects, few contacts with health services and problems concerning illness and care. CONCLUSION:
To solve this, new pedagogical strategies were developed, providing cognitive experiences and skills suitable to learning collective health subject matters. Positive results showed in recent Regional Medical Council examination supports these pedagogical strategies.