Rev. Nutr. (Online); 28 (6), 2015
Publication year: 2015
OBJETIVO:
Avaliar a qualidade da dieta entre consumidores e não consumidores de carnes vermelhas e processadas em residentes do município de São Paulo. MÉTODOS:
Foram utilizados dados do estudo transversal do Inquérito de Saúde de São Paulo - 2008, com informações de 726 indivíduos que possuíam todas as informações dos inquéritos dietéticos, sendo 195 adolescentes, 272 adultos e 259 idosos. Os dados de consumo alimentar foram obtidos por dois recordatórios alimentares de 24 horas, aplicados em dias não consecutivos, incluindo final de semana e todas as estações do ano, e um questionário de frequência alimentar para estimar a frequência do consumo de carnes vermelhas e processadas. A ingestão alimentar habitual foi estimada pelo Multiple Source Method. O Índice de Qualidade da Dieta - Revisado foi calculado a partir da ingestão habitual dos participantes. As recomendações da Organização Mundial de Saúde foram utilizadas para estimar a participação percentual dos macronutrientes no valor energético total. RESULTADOS:
O grupo de não consumidores apresentou maior pontuação média do índice (p=0,006), do grupo das frutas integrais (p=0,022), dos leites e derivados (p<0,001) e menor pontuação média de gordura sólida, álcool e açúcar de adição (p=0,039) e carnes, ovos e leguminosas (p<0,001). Também se mostrou maior percentual de adequação de gordura no grupo de não consumidores de carnes vermelhas e processadas. CONCLUSÃO:
Sugere-se que não consumidores de carne vermelha e processada tenha melhor qualidade da dieta e maior adequação da contribuição energética dos lipídeos em comparação com consumidores desse alimento.
OBJECTIVE:
To evaluate the diet quality of consumers and non-consumers of red and processed meats in São Paulo city. METHODS:
Data came from the Health Study of São Paulo - 2008, a cross-sectional study of 726 individuals who completed a dietary survey (195 adolescents, 272 adults, and 259 older adults). Diet was assessed by two 24-hour dietary recalls collected on two nonconsecutive days, including a weekend day and all seasons, and a food frequency questionnaire to estimate the frequency of red and processed meat consumption. We used the Multiple Source Method to estimate the usual food intake. The Diet Quality Index was calculated based on the usual food intake of the participants. The recommendations of the World Health Organization were used for estimating macronutrient intake adequacy. RESULTS:
Non-consumers of red and processed meat presented higher score in: total score (p=0.006), group of fresh fruits (p=0.022), and group of milk and dairy products (p<0.001); and lower score in: group of fats and added sugar (p=0.039) and group of meats, eggs, and beans (p<0.001) than consumers of red and processed meats. Non-consumers of red and processed meats also presented higher fat intake adequacy. CONCLUSION:
Our results suggest that non-consumers of red and processed meats had higher diet quality and fat intake adequacy than consumers of red and processed meats.