Decreased calorie and protein intake is a risk factor for infection and prolonged length of stay in surgical patients: A prospective cohort study
Diminuição da ingestão de calorias e proteínas é fator de risco para infecção e internação prolongada: estudo de coorte prospectivo
Rev. Nutr. (Online); 29 (3), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Objective The aim was to assess whether postoperative calorie and protein intakes increase the risk of infection and prolonged length of stay in a tertiary care university hospital in Southern Brazil. Methods This is a prospective cohort study approved by the hospital's Research Ethics Committee. The sample consisted of adult patients undergoing elective surgery. The exclusion criteria included patients who could not undergo nutritional assessment and those with a planned hospital stay of fewer than 72 hours. Nutritional status was assessed on admission and every seven days thereafter until hospital discharge or death. Demographic and clinical data, as well as information regarding independent and outcome variables, were collected from the patient's records. Food intake assessment was conducted by researchers six times a week. Calorie and protein intakes were considered adequate if equal to or greater than 75% of the prescribed amount, and length of stay was considered prolonged when above the average for specialty and type of surgery. Data was analyzed using Poisson regression. Results Of the 519 study patients, 16.2% had adequate nutritional therapy. Most of these patients were men with ischemic heart disease and acquired immunodeficiency syndrome. After adjusting for confounders, inadequate nutritional therapy increased risk of infection by 121.0% (RR=2.21; 95%CI=1.01-4.86) and risk of prolonged length of stay by 89.0% (RR=1.89; 95%CI=1.01-3.53). Conclusion Most patients did not have adequate nutritional therapy. Those with inadequate nutritional therapy had a higher risk of infection and longer length of stay.
RESUMO Objetivo Avaliar se a quantidade de calorias e proteínas ingeridas no pós-operatório aumenta o risco de infecção e de permanência hospitalar prolongada, em um hospital universitário no Sul do Brasil. Métodos Estudo de coorte prospectivo, aprovado por Comitê de Ética e Pesquisa. A amostra consistiu de adultos hospitalizados submetidos à cirurgia eletiva. Os critérios de exclusão foram pacientes que não tinham condições para avaliação do estado nutricional e aqueles com menos de 72 horas de hospitalização. O estado nutricional foi avaliado na admissão e a cada sete dias até a alta hospitalar ou óbito. Dados clínicos, demográficos, informações sobre as variáveis independentes e os desfechos, foram coletados dos prontuários. Avaliação da ingestão alimentar foi conduzida pelos pesquisadores seis vezes por semana. A quantidade de calorias e proteínas ingeridas foi considerada adequada se igual ou maior que 75% da quantidade prescrita, e permanência hospitalar foi considerada prolongada quando acima da média de acordo com a especialidade e tipo de cirurgia. Os dados foram analisados por meio de regressão de Poisson. Resultados De 519 pacientes avaliados, 16,2% tiveram adequada terapia nutricional. A maioria destes pacientes eram masculinos com doença cardíaca isquêmica e síndrome da imunodeficiência adquirida. Após ajuste para variáveis de confusão, inadequada terapia nutricional aumentou o risco de infecção em 121,0% (RR=2,21; IC95%=1,01-4,86) e o de permanência hospitalar prolongada em 89,0% (RR=1,89; IC95%=1,01-3,53). Conclusão A maioria dos pacientes não recebeu terapia nutricional adequada, aqueles sob inadequada terapia nutricional tiveram aumento do risco de infecção e permanência hospitalar prolongada.