Este estudo exploratório analisou a prevalência presumível e a coberturavacinal relacionadas à hepatite B nos graduandos de Odontologia, da Universidade Federal da Bahia ? UFBA, e também seus conhecimentos e atitudes frente à doença. Um questionário foi aplicado a 489 estudantes do primeiro ao último período do curso. Utilizou-se a regressão logísticanão condicional para cálculo do Odds Ratio (OR), com um intervalo de confiança de 95%. A prevalência presumível de hepatite B foi baixa (0,44%) e, quanto à cobertura vacinal, apesar de os estudantes demonstrarem conhecimento acerca da doença, o índice de vacinação não foi satisfatório ?48,25% dos graduandos não possuíam três doses de vacina. Além disso, a análise multivariada demonstrou que as variáveis - semestre (OR = 3,52), estágio clínico (OR = 3,87), acidentes por exposição ocupacional (OR = 2,26) e respeito ao intervalo entre as doses vacinais (OR = 8,58) - foram consideradas fatores protetores para a amostra avaliada. A partir deste estudo, compreende-se que os esclarecimentos e campanhas passageiras de estímulo à vacinaçãonão são suficientes para uma modificação efetiva do comportamento. Sugere-se, dessa forma, uma participação mais ativa do corpo docente na formação dos acadêmicos de Odontologia, por meio do ensino teórico/prático das normas de controle e prevenção de infecção, e da exigência da prática dessas atitudes.