Estudo comparativo de padrões de sono em trabalhadores de enfermagem dos turnos diurno e noturno
Comparative study of sleep patterns in nurses working day and night shifts
Rev. panam. salud pública; 12 (2), 2002
Publication year: 2002
Objective. To compare sleep patterns in nurses working day and night shifts in a
hospital in Campinas (SP), Brazil. Methods. Fifty-nine nurses between 23 and 59 years of age participated in the study. For day shift workers, the pattern of nocturnal sleep was examined; for night shift workers, nocturnal and diurnal sleep patterns were examined. During 1 week, participants filled out a sleep diary right after waking up.
The following items were assessed:
time going to bed, falling asleep, and waking up; sleep latency; duration in hours of nocturnal and diurnal sleep; naps; quality of sleep; mode of waking up; and comparison between the sleep recorded in the diary with the usual sleep. Personal and professional information was also collected. Results. Day shift workers went to bed at 23h36min, and night workers at 23h52min (P > 0.05). The nurses working a day schedule woke up earlier (7h3min) than those working a night schedule when they slept at night (8h30min) (P ≤ 0.004, Wilcoxon). Mean sleep latency was 23min26s for day shift nurses versus 22min50s for night shift nurses; the duration of nocturnal sleep was 7h11min and 9h6min, respectively. Only day workers took naps (mean 2h3min). The average diurnal sleep of night shift nurses was fractionated (two periods, mean time asleep 4h7min and 2h38min). The quality of the nocturnal sleep of night shift workers was better than that of day shift workers. The mean period working in a hospital was 14.31 years for day workers versus 7.07 for night shift workers (P ≤ 0.05, Wilcoxon). The study participants had healthy habits, especially concerning alcohol consumption. We verified the use of antihypertensives, diuretics, and analgesics.Conclusions. The present findings are similar to those previously described in the literature. Night shift nurses should be able to take naps to compensate for the sleep deficit accrued when they work at night
Objetivo. Comparar os padrões de sono de enfermeiros dos turnos diurno e noturno em um
hospital de Campinas (SP), Brasil. Métodos. Participaram 59 enfermeiros entre 23 e 59 anos. Para os enfermeiros do dia, analisou-se o sono noturno, e, para os da noite, os sonos diurno e noturno. Os informantes preencheram um diário do sono durante 1 semana, ao acordar. Foram analisados hora de ir deitar, de dormir, e de acordar; latência do sono; horas de sono noturno e diurno; cochilos; qualidade do sono; modo de acordar; e comparação do sono registrado no diário com o sono habitual. Também foram coletadas informações pessoais e profissionais. Resultados. O grupo diurno ia dormir às 23h36min e o grupo noturno, às 23h52min (P ≤ 0,004, Wilcoxon). Os enfermeiros diurnos acordavam mais cedo (7h3min) do que os noturnos quando dormiam à noite (8h30min). A latência média do sono foi de 23min26s para os enfermeiros diurnos contra 22min50s para os noturnos; a duração do sono noturno foi de 7h11min e 9h6min, respectivamente. O cochilo esteve presente apenas no grupo diurno (média de 2h3min). O sono diurno dos enfermeiros da noite foi caracterizado pelo fracionamento (dois períodos, tempo de sono de 4h7min e 2h38min). O sono noturno do grupo noturno foi de melhor qualidade. O tempo médio de trabalho em hospital foi de 14,31 anos no grupo diurno contra 7,07 no grupo noturno (P ≤ 0,05, Wilcoxon). Os sujeitos possuíam hábitos saudáveis, principalmente quanto ao consumo de álcool. Verificou-se uso de anti-hipertensivos, diuréticos e analgésicos. Conclusões. Os achados foram semelhantes aos descritos anteriormente. Seria recomendável que os enfermeiros do turno da noite pudessem tirar cochilos para compensar o déficit de
sono durante a atividade noturna