Associaçào entre baixo peso ao nascer e asma: uma revisào sistemática da literatura
The association between low birthweight and asthma: a systematic literature review

Rev. panam. salud pública; 17 (2), 2005
Publication year: 2005

Objetivo. Investigar a existência de associação entre baixo peso ao nascer (< 2 500 g) e asma. Resultados. As palavras-chave asthma, children, birth weight e risk factors foram utilizadas para identificar estudos epidemiológicos analíticos em seres humanos, publicados em inglês, espanhol ou português entre 1990 e 2001, conforme as bases de dados MEDLINE (PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). nascer e asma, sendo que, quanto ao delineamento, 21 eram longitudinais, 16 eram transversais e quatro eram estudos de caso-controle. O baixo peso ao nascer foi identificado como fator de risco para asma em 26 estudos. Dois estudos encontraram associação inversa entre o peso ao nascer e o risco de asma, e 15 não observaram uma associação entre esses fatores. Conclusões. Permanece controversa a associação entre peso ao nascer e asma, devido, principalmente, à rede de fatores que concorrem para a determinação da asma. A associação entre baixo peso ao nascer e asma ocorre principalmente até os 5 anos, e diminui com o aumento da idade.

A função pulmonar é um importante aspecto a ser considerado:

as crianças nascidas com baixo peso podem ter a função pulmonar diminuída e, conseqüentemente, desenvolver asma; por outro lado, essas crianças podem ser asmáticas como decorrência do baixo peso, sem influência da função pulmonar. Nos seis estudos que avaliaram tanto as crianças de baixo peso ao nascer quanto as crianças de muito baixo peso ao nascer (< 1 500 g), este último fator implicou em risco maior para a asma. Finalmente, a contribuição de fatores intra-uterinos (como a nutrição) para o desenvolvimento de asma está ganhando importância na literatura. Em estudos futuros, o controle de possíveis fatores de confusão é essencial para o esclarecimento da relação entre peso ao nascer e asma
Objective. To determine if there is an association between low birthweight (< 2 500 g) and asthma. Results. The key words “asthma,” “children,” “birth weight,” and “risk factors” were used to identify analytical epidemiological studies on humans that were published in English, Portuguese, or Spanish between 1990 and 2001 and that were indexed in either of two bibliographic databases: MEDLINE (PubMed) and Latin American and Caribbean Health Sciences (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)).

We identified 41 articles dealing with the association between birthweight and asthma:

21 were longitudinal studies, 16 were cross-sectional studies, and 4 were case-control studies. Low birthweight was identified as a risk factor for asthma in 26 of the articles. Two studies found an inverse association between birthweight and riskfor asthma, and 15 did not find any association. Conclusions. The association between birthweight and asthma remains controversial, mainly due to the extensive network of factors that contribute to the development of asthma. The association between low birthweight and asthma occurs mainly among children up to 5 years of age, and it decreases as age increases. Pulmonary function is an important factor that needs to be considered. Low birthweight children may have decreased pulmonary function and consequently develop asthma. On the other hand,these children may have asthma as a consequence of low birthweight, without pulmonary function being a factor. In the six studies comparing low birthweight children (< 2 500 g) with very low birthweight children (< 1 500 g), very low birthweight was associated with a greater risk for developing asthma. Finally, the contribution of intrauterine factors (such as nutrition) in the development of asthma is receiving increasing attention in the scientific literature. Controlling for possible confounding and asthma

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