Recomendações para atividade física e saúde: consensos, controvérsias e ambiguidades
Recommendations for physical activity and health: consensus, controversies, and ambiguities

Rev. panam. salud pública; 36 (3), 2014
Publication year: 2014

OBJETIVO:

Comparar o resultado da classificação de atividade física (AF) segundo cinco diretrizes internacionais (American College of Sports Medicine, Advisory Committee on International Physical Activity Questionnaire, Institute of Medicine, Organização Mundial da Saúde e União Europeia).

MÉTODOS:

Estudo transversal com dados de 52 779 adultos de ambos os sexos, domiciliados nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, selecionados em amostra probabilística. Informações sobre duração, intensidade e frequência semanal de AF foram obtidas junto ao sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL RESULTADOS: As cinco recomendações classificaram os participantes inativos de forma coincidente. Dentre os que relataram praticar AF, 45% foram classificados de modo concordante pelas cinco recomendações estudadas (24,8% como ativos insuficientes, 10,6% como ativos e 9,1% como muito ativos). Os demais foram classificados ora como insuficientemente ativos, ora como suficientemente ativos ou ainda como muito ativos.

CONCLUSÕES:

Nuances na formulação das recomendações modificaram a classificação da frequência de AF. Mesmo que, em linhas gerais, todas as diretrizes tenham os mesmos objetivos, a falta de harmonização na definição da dose mínima de AF interfere na elaboração e na avaliação de políticas de promoção da AF.

OBJECTIVE:

To compare the results of physical activity (PA) classification according to five international guidelines (American College of Sports Medicine, Institute of Medicine, Advisory Committee on International Physical Activity Questionnaire, World Health Organization, and European Union).

METHODS:

Cross-sectional study with 52 779 adults of both sexes, living in state capitals and the Federal District, selected using probability sampling. Data about duration, intensity, and frequency of weekly PA were obtained from a yearly survey conducted by the Health Ministry of Brazil (Risk and Protection Factors for Chronic Diseases Telephone Surveillance System-VIGITEL).

RESULTS:

The percent of participants classified as inactive by the five recommendations was similar. Among those who reported having engaged in PA, 45% were classified in the same activity level by all five guidelines (24.8% as insufficiently active, 10.6% as active, and 9.1% as very active). For the additional 55% who reported having engaged in PA, different classifications were obtained, ranging from insufficiently active to very active depending on the guideline.

CONCLUSIONS:

Nuances in the criteria used for each guideline translated into differences in classification of PA. Even though the overall goals of all guidelines are the same, the lack of agreement regarding the minimum recommended amount of PA impacts the development of policies to promote PA.

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