Validação de escalas diagnosticas do funcionamento familiar para utilização em serviços de atenção primaria a saude
Validation of diagnostic scales of family functioning for use in primary health care services

Rev. panam. salud pública; 7 (4), 2000
Publication year: 2000

O atendimento a pacientes em servicos primarios de saude deveria compreender uma avaliacao tanto fisica como psicologica; em muitos casos, o sucesso do tratamento depende da compreensao do individuo e de suas interacoes, em especial de sua interacao na familia. Portanto, e importante instrumentalizar os profissionais de saude para que sejam capazes de trabalhar com os individuos nesse contexto social. Estudamos tres escalas diagnosticas do funcionamento familiar consagradas na literatura internacional (FACES III, Beavers-Timberlawn e GARF), procurando valida-las para uso em nosso meio (Porto Alegre, Brasil). Comparamos os resultados do preenchimento das escalas com a avaliacao clinica, feita atraves de entrevista familiar semi-estruturada, em 31 familias clinicas. A escala auto-respondida FACES III tambem foi testada em 102 familias na comunidade. A escala FACES III mostrou uma correlacao linear positiva, porem fraca, entre coesao familiar e risco para doenca mental, mas nao em relacao a adaptabilidade. As escalas BT e GARF demonstraram forte correlacao positiva com a avaliacao clinica. A escala FACES III nao demonstrou ser adequada para uso em triagem de cuidados primarios; entretanto, as escalas BT e GARF mostratam-se muito uteis na formulacao e classificacao do diagnostico familiar
Care provided to patients in primary health services should include both a physical and a psychological assessment. In many cases treatment success depends on understanding individuals and their interactions, especially within the family; it is important for health professionals to be trained in this area. We investigated the validity of three well-known diagnostic scales of family functioning from the United States of America (FACES III, Beavers-Timberlawn, and GARF) for use in our setting in Porto Alegre, Brazil. The three scales were used with 31 families and compared to the results from clinical evaluations (semistructured family interviews), which were considered the gold standard. FACES III was also used with a sample of 102 families in the community. The Beavers-Timberlawn and GARF scales were strongly and positively correlated with the clinical evaluations. In contrast, our results suggest that FACES III is not a useful screening tool in primary care to detect the risk of psychiatric disorders. The Beavers-Timberlawn and GARF instruments showed great usefulness for formulating and classifying diagnoses of family functioning.

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