Substance misuse and sexual function in adolescents with chronic diseases
Uso indevido de drogas e função sexual em adolescentes com doenças crônicas

Rev. paul. pediatr; 34 (3), 2016
Publication year: 2016

Abstract Objective:

To evaluate alcohol/tobacco and/or illicit drug misuse in Chronic Diseases (CDs).

Methods:

A cross-sectional study with 220 CDs adolescents and 110 healthy controls including: demographic/anthropometric data; puberty markers; modified questionnaire evaluating sexual function, alcohol/smoking/illicit drug misuse and bullying; and the physician-conducted CRAFFT (car/relax/alone/forget/friends/trouble) screen tool for substance abuse/dependence high risk.

Results:

The frequencies of alcohol/tobacco and/or illicit drug use were similar in both groups (30% vs. 34%, p=0.529), likewise the frequencies of bullying (42% vs. 41%, p=0.905). Further analysis solely in CDs patients that used alcohol/tobacco/illicit drug versus those that did not use showed that the median current age [15 (11–18) vs. 14 (10–18) years, p <0.0001] and education years [9 (5–14) vs. 8 (3–12) years, p <0.0001] were significant higher in substance use group. The frequencies of Tanner 5 (p <0.0001), menarche (p <0.0001) and spermarche (p=0.001) were also significantly higher in patients with CDs that used alcohol/tobacco/illicit, likewise sexual activity (23% vs. 3%, p <0.0001). A trend of a low frequency of drug therapy was observed in patients that used substances (70% vs. 82%, p=0.051). A positive correlation was observed between CRAFFT score and current age in CD patients (p=0.005, r=+0.189) and controls (p=0.018, r=+0.226).

Conclusions:

A later age was evidenced in CDs patients that reported licit/ilicit drug misuse. In CDs adolescent, substance use was more likely to have sexual intercourse. Our study reinforces that these patients should be systematically screened by pediatricians for drug related health behavioral patterns.

Resumo Objetivo:

Avaliar o uso indevido de álcool/tabaco e/ou de drogas ilícitas em doenças crônicas (DCs).

Métodos:

Estudo transversal com 220 adolescentes com DCs e 110 controles saudáveis, incluindo: dados demográficos/antropométricos; marcadores de puberdade; questionário modificado de avaliação da função sexual, abuso de álcool/tabagismo/drogas ilícitas e assédio moral; e o uso do instrumento CRAFFT (car/relax/alone/forget/friends/trouble) pelo médico para o abuso/dependência de substâncias de alto risco.

Resultados:

As frequências de uso de álcool/tabaco e/ou drogas ilícitas foram semelhantes em ambos os grupos (30% vs. 34%, p=0,529), assim como as frequências de assédio moral (42% vs. 41%, p=0,905). Uma análise mais aprofundada apenas em pacientes com DCs que usaram álcool/tabaco/droga ilícita versus aqueles que não usaram mostrou que a idade mediana atual [15 (11-18) vs. 14 (10-18) anos, p <0,0001] e os anos de escolaridade [9 (5-14) vs. 8 (3-12) anos, p <0,0001] foram significativamente maiores no grupo que fazia uso das substâncias. As frequências de Tanner 5 (p <0,0001), menarca (p <0,0001) e espermarca (p=0,001) também foram significativamente maiores em pacientes com DCs que usaram álcool/tabaco/drogas ilícitas, assim como a atividade sexual (23% vs. 3%, p <0,0001). A tendência de baixa frequência de terapia com medicamentos foi observada em pacientes que usaram substâncias (70% vs. 82%, p=0,051). Observou-se uma correlação positiva entre o score no CRAFFT e a idade atual em pacientes com DCs (p=0,005, r=+0,189) e controles (p=0,018, r=+0,226).

Conclusões:

A idade mais avançada foi demonstrada em pacientes com DCs que relataram uso indevido de drogas lícitas/ilícitas. Em adolescente com DCs, o uso das substâncias resultou em maior propensão à prática de relações sexuais. Nosso estudo reforça que esses pacientes devem ser sistematicamente avaliados pelos pediatras em relação a padrões de comportamento de saúde relacionados com drogas.

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