Mortality problems in Brazil and in Germany: past - present - future: learning from each other?

Rev. saúde pública; 19 (3), 1985
Publication year: 1985

Estudo realizado em 1984, por um professor suiço-alemäo, especializado em demografia histórica, com a finalidade de promover diálogo mútuo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sobre demografia.

Três pontos säo destacados:

1. Tomando a mortalidade infantil de Säo Paulo no período de 1908 a 1983, como exemplo, é mostrado que o Brasil tem ao seu dispor excelente e variada literatura de pesquisa sobre o assunto, que é injustificavelmente desconhecida pela maioria dos europeus. E enfatizado que o Brasil näo depende do conhecimento dos autores europeus para explicaçöes concernentes aos fatores que, sob vários aspectos, estäo implicados: podem ser considerados, pelos europeus, dois aspectos do Brasil, a este respeito. No primeiro torna-se evidente que o conhecimento do europeu, do ponto de vista médico-biológico, näo é apropriado para se chegar a conclusöes sobre os problemas atuais do Brasil e que quaisquer conclusöes poderäo ser extrapoladas em apenas alguns poucos casos. O segundo aspecto refere-se à reinterpretaçäo da história da mortalidade infatil nos países europeus, até as últimas décadas, que em sentido mais abrangente mostra uma situaçäo semelhante à brasileira. 2. Um diálogo frutífero só poderia ser realizado se ambos os interessados apresentassem francamente seus problemas. Por este motivo, o estudo faz referências enfática aos atuais problemas do europeu em relaçäo a estudos da morte e do morrer - problemas que surgem perto da fronteira das transiçöes demográfica e epidemiológica: o envelhecimento da populaçäo, as doenças crônicas incuráveis como as principais causas de morte e o problema do idoso. O Brasil parece estar se aproximando da situaçäo européia, neste particular, e há de se defrontar com estes problemas mais cedo ou mais tarde. Uma discussäo já com vistas ao futuro, parece ser proveitosa. 3. O estudo näo pretende apresentar um quadro deprimente de problemas que se alternam sucessivamente. Apesar da cautela que se deve ter quando se faz prognóstico, há boas razöes para um certo otimismo quanto ao futuro: em primeiro lugar, em relaçäo ao desenvolvimento dos países europeus - presumindo que se continui a seguir as tendências atuais de desenvolvimento - e mesmo em relaçäo ao Brasil

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