A partir da experiência de assistência de um hospital psiquiátrico de um município do interior paulista visando a reabilitação e a reinserção social dos pacientes, buscamos identificar as representações sociais dos comerciários locais sobre a doença e o doente mental. Os resultados da pesquisa indicam que o doente mental é visto como incapacitado, dependente e agressivo, que os pacientes-moradores somente são assim reconhecidos quando acompanhados por funcionários, a causa doença mental vincula-se a aspectos biológicos e psicossociais e a hospitalização aparece relacionada à família. A maior parte dos entrevistados não conhecia o trabalho realizado pelo hospital, o que comprova a importância da participação efetiva da sociedade no processo de (re)construção da assistÊncia à saúde mental.