Objetivou-se compreender a comunicação clínica entre acadêmicos de odontologia e seus pacientes, com a finalidade de melhorar a humanização da prática odontológica. Através da utilização de metodologias qualitativas e quantitativas foram investigadas as percepções e crenças em saúde bucal dos habitantes da comunidade do Dendê e alunos do curso de odontologia da Universidade de Fortaleza. Os resultados mostram que, 67 por cento dos acadêmicos consideram o protético um perigo para a comunidade e, enquanto a população reconhece causas próprias para as doenças bucais, apenas 22 por cento dos estudantes admitem esses termos. Conclui-se que os modelos explicativos científicos e populares em saúde bucal no local estudado são diferentes e muitas vezes antagônicos, dificultando a interação dentista-usuário.