O trabalho sexual: discursos e práticas dos assistentes sociais em debate
El trabajo sexual: discursos y prácticas de los asistentes sociales en debate
Sex Work: Debating the discourses and practices of Social Workers

Sex., salud soc. (Rio J.); (12), 2012
Publication year: 2012

O presente artigo aborda a forma como o trabalho sexual tem sido discutido em diferentes posições dos movimentos feministas. Se, por um lado, as feministas radicais, por considerarem o trabalho sexual assente nas desigualdades de género, acreditam não ser possível olhar para a atividade como uma forma de trabalho; por outro, as feministas liberais e os movimentos de profissionais do sexo lutam pela defesa de seus direitos, e a normalização da atividade. Os assistentes sociais, devido à construção histórica da sua profissão, tendem a posicionar-se, maioritariamente, na linha de intervenção das feministas radicais, trazendo para a prática profissional com os trabalhadores do sexo intervenções que hoje em dia podem estar desajustadas em relação às necessidades que estes atores reclamam.
Este artículo aborda los modos en que el trabajo sexual ha sido discutido por diversas posiciones feministas. Desde un feminismo radical, no se cree posible considerar esta actividad como una forma de trabajo ya que se concibe a la prostitución enraizada en profundas desigualdades de género. Sin embargo, desde el feminismo liberal y los movimientos de profesionales del sexo se propugna la defensa de los derechos de las trabajadoras sexuales y la normatización de su actividad. Los asistentes sociales -debido a las especificidades de la construcción histórica de su profesión- tienden a posicionarse en una línea de intervención próxima a la de las feministas radicales, y por tanto a acccionar, en su práctica profesional con trabajadores sexuales, sin actualizarse respecto de las demandas que estos actores sociales vienen reivindicando.
This article addresses feminist approaches to sex work. Radical feminists, who see prostitution as firmly grounded on gender inequalities, refuse to conceptualize it as work. Conversely, liberal feminists and sex workers’ movements mobilize for sex workers’ rights, their self-determination, and the normalization of sex services as a legal activity. Due to how their profession has been constructed along its history, social workers tend to adopt a radical feminist perspective. For that reason, their professional intervention with sex workers may not meet sex workers’ demands.

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