Um passeio de ônibus: Priscilla, a rainha do deserto (1994) e alguns diálogos entre categorias sociais e ficcionais
Un viaje en ómnibus: Las aventuras de Priscilla, la reina del desierto (1994) y algunos diálogos entre categorías sociales y ficcionales
A bus tour: Priscilla, Queen of the Desert (1994) and the dialog between social and fictional categories
Sex., salud soc. (Rio J.); (7), 2011
Publication year: 2011
O presente artigo objetiva uma reflexão acerca de alguns ecos do filme australiano Priscilla, a rainha do deserto (1994), dirigido por Stephan Elliot. Este filme alcançou grande sucesso no mundo todo, contribuindo para a popularização da figura das drag queens, com suas performances e excessos, para além de um nicho gay. Pretendo discutir como ficção e realidade entrelaçam-se nos diálogos entre obra artística e teoria. Priscilla, a rainha do deserto talvez tenha causado maior impacto em seu país de origem, sendo tomado como documento real da representação da diversidade, da identidade nacional e das relações étnicas australianas. Seguindo esta trilha, citarei alguns estudos suscitados pela obra em questão, como os de Damien Riggs (2006), Elaine Laforteza (2006) e Gilad Padva (2000), que em seus diversos tipos de argumentações transformam este filme em um objeto de discussão teórica e elemento cultural referente da realidade.
El presente artículo se propone una reflexión acerca de algunas repercusiones de la película australiana "Las aventuras de Priscilla, la reina del desierto" (1994), dirigido por Stephan Elliot. El éxito mundial de esta película contribuyó a popularizar a las drag queens, con sus performances y excesos, más allá del nicho gay. Procuro discutir cómo ficción y realidad se entrelazan en el diálogo entre obra artística y teoría. Quizás "Las aventuras de Priscilla, la reina del desierto" haya causado un impacto mayor en su país de origen, tomándoselo como documento y representación de la diversidad, la identidad nacional y las relaciones étnicas australianas. En esa línea, retomaré estudios sobre la obra en cuestión, como los de Damien Riggs (2006), Elaine Laforteza (2006) y Gilad Padva (2000), que transformaron esta película, a través de sus distintas argumentaciones, en un objeto de discusión teórica y un elemento cultural referente de la realidad.
This article is a reflection on some echoes of the Australian film "The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert" (1994), by Stephan Elliot. The film enjoyed great success across the world, contributing to the popularization of drag queen characters, their performances, and cultivation of excess beyond the gay niche. Damien Riggs (2006), Elaine Laforteza (2006), and Gilad Padva (2000) have made this film an object of theoretical discussion as a cultural product. I discuss how fiction and reality intertwine in the dialogues between performance, art, and theory/reality. "The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert" might have caused a higher impact in its country of origin, received as a document representation of diversity, national identity, and ethnic relations in Australia.