Relações estabelecidas pelas enfermeiras com a família durante a hospitalização infantil
Relationships established by nurses with families during child hospitalization
Relaciones establecidas por las enfermeras con la familia durante la hospitalización infantil

Texto & contexto enferm; 19 (4), 2010
Publication year: 2010

Estudo qualitativo que objetivou analisar as relações que as enfermeiras estabelecem com a família durante o período de hospitalização de seus filhos e verificar como tem sido a participação da família nos cuidados à criança hospitalizada. Os dados empíricos foram coletados por meio da observação participante e da entrevista semi-estruturada. A interpretação dos dados seguiu os fundamentos da análise temática. Os resultados evidenciam que as relações que as enfermeiras estabelecem com as famílias das crianças hospitalizadas não contemplam as necessidades destas, comprometendo a assistência à díade criança-família. Estas relações são objetivas, sucintas, formais e unilaterais, com predominância da enfermagem. Percebe-se que a família foi inserida na realização dos cuidados à criança, porém tem havido uma delegação de cuidados sem uma coparticipação por parte das enfermeiras, e nem uma negociação dessas ações, remetendo a uma reflexão sobre essas relações de modo que a assistência à díade possa estar balizada pelo princípio da integralidade.
This qualitative study aimed to analyze the relationships between nurses and the families during their children's hospitalization and investigate how the family had participated in the care. Empirical data was collected through participant observation and semi-structured interview. The data interpretation was based on foundations of thematic analysis. The results have shown that the relationships between nurses and families during the children's hospitalization have not reached their needs, compromising the assistance to the duo child-family frame. These relationships are objective, concise, formal and unilateral, with nursing predominance. It was noticed that the families were included in the implementation of the child care, although it had been a negligence of care co-participation by nurses, and even a negotiation of such actions, taking them to reflect on these relationships so that the duo child-family assistance can be reasoned by the principle of integrality.
Estudio cualitativo que tuvo por objetivo analizar las relaciones que las enfermeras establecen con la familia durante el período de hospitalización de sus hijos y examinar cómo la familia participa de los cuidados del niño hospitalizado. Los datos empíricos fueron levantados por medio de la observación participante y de la entrevista semi-estructurada. La interpretación de los datos siguió los fundamentos del análisis temático. Los resultados evidencian que las relaciones que las enfermeras establecen con las familias de los niños hospitalizados no contemplan las necesidades de éstos, comprometiendo la asistencia a la díada niño-familia. Estas relaciones son objetivas, sucintas, formales y unilaterales, con predominio de la enfermería. Se nota que la familia fue inserta en la realización de los cuidados al niño, pero sin embargo se produjo delegación de cuidados sin una coparticipación por parte de las enfermeras, y no hubo una negociación de esas acciones, lo que remite a una reflexión sobre esas relaciones de modo que la asistencia a la díada pueda estar embasada por el principio de la integralidad.

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