Trends psychiatry psychother. (Impr.); 37 (4), 2015
Publication year: 2015
Introduction:
There is growing recognition of early onset dementia (EOD) as a significant clinical and social problem because of its effects on physical and mental health of people with dementia (PWD) and their caregivers. Objective:
To analyze the psychosocial impact of EOD in family caregivers. Methods:
The study design was qualitative. Nine EOD caregivers (7 women) were recruited at a service for Alzheimer's disease and assessed using semi-structured interviews. Interpretative phenomenological analysis was used to analyze caregivers' reports. Results:
Five themes emerged from the narratives: psychological and emotional impact; physical impact; financial and professional impact; social impact and need for support services. The majority of the caregivers of people with EOD perceived their emotional wellbeing as poor or extremely poor. Carers reported poor physical health, which tends to be longer-lasting than mental health problems. Two caregivers had to retire after the disclosure of the dementia diagnosis, and seven reduced their work loads because they had to look after PWD. Preserving the abilities of PWD is essential to maintain their self-esteem, dignity and sense of utility. For the caregivers, interventions and stimulating activities make PWD feel worthwhile and contribute to improving life. Conclusion:
The caregivers of people with EOD assume the role of caregiver prematurely and need to balance this activity with other responsibilities. There is a need for more studies of EOD in order to improve understanding of the impact of this disease and to enable development of adequate services for PWD and their caregivers.
Introdução:
A demência de início precoce ( early onset dementia , EOD) vem sendo reconhecida como um importante problema clínico e social devido aos efeitos sobre a saúde física e mental das pessoas com demência e seus cuidadores. Objetivo:
Analisar o impacto psicossocial da EOD em cuidadores familiares. Métodos:
O estudo baseia-se na metodologia qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com nove cuidadores EOD (sete mulheres) recrutados em um serviço para doença de Alzheimer. Utilizou-se análise fenomenológica interpretativa para analisar as narrativas dos cuidadores. Resultados:
Cinco temas emergiram das narrativas: impacto psicológico e emocional; impacto físico; impacto financeiro e profissional; impacto social e necessidade de serviços de apoio. A maioria dos cuidadores percebe seu bem-estar emocional como ruim ou extremamente ruim. Os cuidadores reconhecem prejuízos na saúde física, que tendem a ser mais duradouros do que os problemas de saúde mental. Dois cuidadores tiveram que se aposentar após o diagnóstico de demência, e sete diminuíram sua carga de trabalho porque tinham que cuidar dos pacientes. Preservar as habilidades das pessoas com demência é essencial para manter a sua autoestima, dignidade e sentimento de utilidade. Para os cuidadores, intervenções e atividades de estimulação fazem com que as pessoas com demência se sintam mais úteis e contribuam para uma vida melhor. Conclusão:
Os cuidadores de pessoas com EOD assumem prematuramente o papel de cuidador e precisam equilibrar esta atividade com outras responsabilidades. Há necessidade de mais estudos sobre EOD, a fim de se obter uma melhor compreensão do impacto da doença e para o desenvolvimento de serviços adequados para pacientes e seus cuidadores.