Nas últimas décadas o tema infecçäo hospitalar tem sido abordado de forma mais científica e reconhecido como um importante problema médico, económico e social. Na luta contra a infecçäo hospitalar surgiram no panorama da medicina nomes como de Semmelweis que introduziu a desinfecçäo das mäos em soluçäo de hipoclorito, Lister que instituiu a cirurgia como antissepsia e Florence Nightingale que preconizou métodos rigorosos de higiene e limpeza. Mais tarde Louis Pasteur iniciou a ciência da bacteriologia, dando um passo definitivo para um melhor entendimento das doenças infecciosas. A revoluçäo no meio hospitalar sobreveio com a introduçäo dos antibióticos. Porém, em meados da década de cinqüenta com o aparecimento de surtos de infecçöes por cepas de S. aureus resistentes a penicilina, renasceu a preocupaçäo com o controle das infecçöes. Os hospitais norte-americanos, na década de sessenta, formaram comissöes intra-hospitalares com o objetivo de estudar e prevenir as infecçöes hospitalares. O aparecimento do enfermeiro no controle de infecçäo hospitalar aconteceu no final da década de cinqüenta quando Moore treinou um enfermeiro para o controle e, em 1963, nos Estados Unidos com a contrataçäo de Katherine Wenzel. Além de causarem aumento da taxa de morbiletalidade as infecçöes säo responsáveis por efeitos diretos no tempo de hospitalizaçäo, acarretando um aumento de custo. Entäo é fundamental um efetivo programa de controle de infecçäo hospitalar. Em estudo realizado pelo Center for Diseases Control, constatou-se que hospitais que mantém programa efetivo obtiveram reduçäo de cerca de um terço na incidência das infecçöes, entendendo-se porém que o programa efetivo é aquele que conta com um médico e um enfermeiro epidemiologista para cada 250 leitos dedicados ao controle da infecçäo do hospital...