Revascularização do infarto agudo: análise dos resultados com e sem trombólise intracoronária prévia; influência do intervalo de tempo entre a administraçäo da estreptoquinase e a operação
Revascularization of acute infarction analysis of the results with and without previous intracoronary thrombolysis; influence of the time interval between the streptokinase administration and the operation

Arq. bras. cardiol; 44 (1), 1985
Publication year: 1985

Oitenta e seis pacientes com infarto de miocárdio, consecutivos e näo selecionados, foram recanalizados e/ou revascularizados dentro das primeiras 6 horas de instalaçäo do infarto, de dezembro de 1981 a julho de 1983. O diagnóstico de infarto agudo foi estabelecido mediante critérios clínicos, eletrocardiográficos, enzímicos e angiográficos, sendo 58 anteriores, 22 diafragmáticos e 6 látero-posteriores. Em 54 pacientes (grupo I) constatou-se trombose coronária com obstruçäo total do vaso sendo, entäo, realizada a trombólise intracoronária pela estreptoquinase (EQ) obtendo-se a reperfusäo. A seguir, num período que variou de 2 horas a 6 dias, procedeu-se a revascularizaçäo cirúrgica, tanto da artéria desobstruída, como de outros casos com obstruçöes significantes. Nos demais 32 pacientes (grupo II), näo foi utilizada a EQ, sendo a revascularizaçäo realizada de imediato, com um intervalo de tempo, entre o início do infarto e a cirurgia, à exceçäo de 1 caso, sempre inferior a 6 horas. O número de pontes realizadas variou de 1 a 7, com média de 2,4 pontes/pacientes. Em 38 pacientes (44,7%) a revascularizaçäo näo utilizou a circulaçäo extracorpórea. A mortalidade hospitalar foi de 7 casos (8,1%), sendo 6 deles do grupo I e operados antes de 72 horas após EQ.

As causas de óbito foram:

acidente vascular cerebral hemorrágico 1, trombose mesentérica 1, embolia pulmonar 1, mau débito 2 e pulmäo úmido 2. Os demais 79 pacientes, dos quais 34 (43,6%) realizaram reestudo de controle, receberam alta em boas condiçöes e com exceçäo de 1, assim permaneciam. Os resultados clínicos, eletrocardiográficos e hemodinâmicos permitem concluir que a revascularizaçäo miocárdica precoce se constitui em eficiente abordagem terapêutica dos infartos agudos do miocárdio e que, no grupo recanalizado pela EQ, a mortalidade foram totalmente diversas se a intervençäo cirúrgica foi realizada antes ou depois de 72 horas

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