Parassistolia em cardiopatas chagásicos crônicos com disritmia ventricular
Parasystole in patients with chronic chagas' cardiopathy and ventricular arrhythmia

Arq. bras. cardiol; 44 (4), 1985
Publication year: 1985

Em 17 cardiopatas chagásicos crônicos com disritmia ventricular detectada clínicamente, procedeu-se ao registro eletrocardiográfico contínuo, em três derivaçöes clássicas, durante 15 minutos, em condiçöes padronizadas de repouso, posiçäo supina, fase pós-prandial. A análise das características morfológicas e quantitativas dos distúrbios de ritmo verificadas nesse período permitiu evidenciar que os critérios diagnsoticos de parassistolia ventricular nunca foram completamente atendidos em qualquer dos pacientes estudados pela ausência de relaçöes matemáticas definidas entre os intervalos interectópicos. Entretanto, a presença de intervalo de acoplamento variáveis torna possível a caracterizaçäo de ritmo ventricular parassistólico em 9 casos. Em 4 deles, a concomitância de complexos de fusäo foi considerada suficiente para dar o caráter de provável a esse tipo de disritmia. Em dois pacientes, mais de uma morfologia de origem ventricular exibia comportamento compatível com provável parassistolia múltipla. Säo discutidas as dificuldades inerentes aos métodos de detecçäo de parassistolia ventricular, b aseados em traçados eletrocardiográficos longos. Além disso, especula-se que a possibilidade de esse distúrbio de ritmo ser freqüente na cardiopatia chagásica e depender de mecanismo eletrofisiológico provalvelmente decorrente de automatismo ventricular exacerbado, torna-o potencialmente possível de abordagem terapêutica diferenciada, no contexto do tratamento da cardiopatia chagásica crônica

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