O dipiridamol foi usado por via intravenosa lenta (5 min), na dose de 0,3 mg/kg de peso, durante estudo hemodinâmico e cineangiocardiográfico, em 21 pacientes, 15 homens e 6 mulheres, com média de idade de 52 + ou - 9 anos e diagnóstico de cardiopatia isquêmica aterosclerótica. Foram estudados os índices do desempenho funcional do ventrículo esquerdo (VE) e a motilidade segmentar de suas paredes, quer em situaçäo basal, quer aos 5 minutos após o uso do medicamento, verificando-se: 1) Aumento da velocidade máxima de encurtamento do elemento contrátil (V max.), do débito cardíaco (DC) e do volume sistólico (VS) (p <0,05); 2) Ausência de alteraçöes estatísticamente significativas nas demais variáveis estudadas, bem como na motilidade dos segmentos do miocárdio ventricular esquerdo. Concluiu-se que: 1) O dipiridamol causou uma tendência a melhorar o desempenho do VE como músculo (considerando-se o aumento da V max) e como bomba (considerando-se o aumento do DC e VS), embora näo tenha alterado os demais índices de avaliaçäo do desempenho ventricular esquerdo; 2) O dipiridamol näo alterou a sinergia de contraçäo do miocárdio ventricular isquêmico