Foram estudados 38 doentes submetidos à revascularizaçäo do miocárdio e falecidos no período pós-operatório imediato. Nestes 38 pacientes foram feitas correlaçöes entre as lesöes arteriais descritas na cinecoronariografia e aquelas encontradas nas necropsias. Verificou-se discordância entre as informaçöes da cinecoronariografia e as da autopsia em vários casos. Em 41 artérias, encontraram-se lesöes obstrutivas maiores que 60% distais às anastomoses safena-coronárias. Em 29, a necropsia revelou que 45 pontes estavam pérvias e 44 obstruídas. Neste grupo foram encontradas tromboses recentes parciais (TRP) em 7 artérias e tromboses recentes oclusivas (TRO) em 16 revascularizadas. Ocorreram, em 12 TRP, e TRO em 14 artérias näo revascularizadas. Nos 29 doentes estudados, 5 já foram para a operaçäo com infartos agudos diagnosticados clinicamente. Ocorreram necroses subendocárdicas e/ou infartos agudos em 21 dos 24 pacientes restantes. Näo houve associaçäo entre as obstruçöes distais às pontes e a ocorrência de oclusäo das pontes. Apesar de extensas àreas de necrose subendocárdica, vários doentes sobreviveram por períodos de até 27 dias vindo a falecer de complicaçöes superajuntadas à lesäo cardíaca. Indiscutivelmente a interaçäo de intensidade de lesäo miocárdica aguda e/ou crônica prévia à intervençäo, as discordâncias entre CCG e AP, deixando-se de se revascularizar várias artérias com obstruçöes expressivas, fatores de técnica operatória, fenômenos trombóticos ocorridos, e complicaçöes superajuntadas, tudo em conjunto, acarretou os óbitos ocorridos nesta série