Foram estudados 32 pacientes portadores de comunicaçäo interatrial (CIA) e padräo RSR' na derivaçäo V1, utilizando o método vetocardiográfico de Frank e as variaçöes dessa morfologia com a posiçäo e a respiraçäo. O grupo de controle (N) consistiu de 28 indivíduos sem evidência de cardiopatia ao exame clínico, mas com configuraçäo RSR' em V1. Essa configuraçäo pôde ser abolida (desaparecimento da R') no grupo N pela manobra de Müller, enquanto que sua acentuaçäo (aumento da R') ocorreu com a manobra de Valsalva, registro do V1 no 3§ espaço intercostal direito ou na regiäo infraclavicular direita. Tal comportamento näo foi observado no grupo com CIA. A rotaçäo da alça "S" foi predominantemente horária nos 2 grupos.

A duraçäo e a voltagem dessa alça foram maiores no grupo com CIA:

55 + ou - 13 vs. 47 + ou - 13 ms (p < 0,05) e 0,50 + ou - 0,20 vs. 0,45 + ou - 0,17 mV (NS) respectivamente. Duraçäo da alça "S" superior a 60 ms e um ângulo beta acima de 160- foram encontrados somente em pacientes portadores de CIA. Conclui-se que o vetocardiograma e as variaçöes da morfologia RSR' na derivaçäo V1 com a posiçäo e com a respiraçäo ainda säo úteis na avaliaçäo dos pacientes com esse padräo eletrocardiográfico, a fim de destinguir os casos com e sem CIA