Trombólise intracoronária no infarto agudo do miocárdio
Intracoronary thrombolysis in acute myocardial infarction

Arq. bras. cardiol; 46 (3), 1986
Publication year: 1986

Cento e quatro pacientes com infarto agudo do miocárdio foram submetidos à tentativa de desobstruçäo arterial com o uso de estreptoquinase intracoronária. As idades variaram de 38 a 70 anso (média = 53 anos) e 80 (77%) eram do sexo masculino. Em 60 casos (57,6%), o infarto era de localizaçäo inferior e, em 44 (42,4%), anterior. A dose média de estreptoquinase utilizada foi de 220.000U e o tempo entre o início dos sintomas e a instituiçäo da terapêutica variou de 1 a 12 horas (média = 3,3h). Obteve recanalizaçäo arterial coronária em 73 casos (70%). Após a trombólise coronária, 70 pacientes exibiram estenose residual grave (>= 60% de reduçäo da luz arterial), 2 estenoses moderadas (<60%) e, em 1, o vaso evidenciava padräo angiográfico "normal". Dentre os casos em que se obteve sucesso, 24 (33%) foram tratados clinicamente, 27 (37%) submetidos à angioplastia coronária transluminal e 22 (30%) encaminhados para revascularizaçäo cirúrgica do miocárdio. Dos 24 pacientes mantidos clinicamente, 10 foram reestudados angiograficamente na fase hospitalar, observando-se reoclusäo da artéria tratada em 4. Dos 31 em que näo se obteve a recanalizaçäo arterial com o uso da estreptoquinase, 27 permaneceram em tratamento clínico e 4 foram submetidos a revascularizaçäo cirúrgica. Ocorreu melhora significativa (p < 0,05) da fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo no grupo de 45 casos submetidos ao reestudo angiográfico e esta melhora foi mais expressiva nos casos com evoluçäo inferior a 3 horas do infarto e nos tratados com angioplastia ou com revascularizaçäo cirúrgica. Ocorreram 12 óbitos hospitalares (11,5%). Entretanto, a mortalidade caiu de maneira expressiva (p >< 0,05) no subgrupo em que se adicionou à terapêutica trombolítica a angioplastia e/ou a revascularizaçäo cirúrgica

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