Foram estudados 34 pacientes com implante de prótese Starr Edwards há mais de 15 anos. A média foi de 32 anos (18 a 56) anos com predomínio (56%) do sexo feminino. A prótese foi aórtica em 18 (53%) dos pacientes, mitral em 15 (44%) e tricúspide em 1 (3%). Os fenômenos embólicos foram particularmente analisados quanto à sua localizaçäo, à proteçäo dada pelo uso de anticoagulante oral e à época de maior incidência. A localizaçäo mais freqüente foi no sistema nervoso central 12 (80%), as demais foram em pulmöes, artéria ilíaca direita e artéria coronária descendente anterior. O uso de anticoagulante foi mais eficiente nos portadores de prótese mitral. A época de maior incidência foi registrada nos dois primeiros anos após a cirurgia. Näo houve correlaçäo direta de episódio embólico com classe funcional, ritmo cardíaco e funçäo ventricular. Por ocasiäo da última consulta a maioria (75%) dos pacientes estava em CF I e II, contudo 75% dos pacientes que sofreram episódios embólicos apresentavam seqüelas neurológicas