Experiência clínica com a estreptoquinase e procedimentos sequenciais para o tratamento do infarto agudo do miocárdio
Clinical trial with streptokinase and sequential procedures for the treatment of acute myocardial infarction
Arq. bras. cardiol; 50 (4), 1988
Publication year: 1988
A infusäo intracoronária de estreptoquinase foi realizada em 117 pacientes com infarto do miocárdio, 4 ñ 2 horas após o início dos sintomas. A recanalizaçäo ou aumento da perviabilidade da artéria infartada foi observada em 87% dos pacientes, 32 ñ 22 minutos após o início da infusäo. A reperfusäo do miocárdio determinou a reduçäo de sinais clínicos e eletrocardiográficos da isquemia cardíaca e um aumento da fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo, principalmente nos pacientes com infarto inferior. Após a infusäo da estreptoquinase observou-se, no local da oclusäo inicial, obstruçäo residual que variou de 20 a 98% (82 ñ 17%). Dois óbitos ocorreram por acidente vascular cerebral hemorrágico e por choque septicêmico. Trinta e cinco pacientes foram submetidos a tratamento clínico. Recidiva precoce da obstruçäo foi notada em 24% dos pacientes e o estado angiocardiografico tardio näo mostrou modificaçäo no valor da fraçäo de ejeçäo. A evoluçäo clínica tardia (30-72 meses) foi satisfatória em apenas 45% dos pacientes. Trinta e um pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico e o estudo ventriculográfico demonstrou aumento da fraçäo de ejeçäo (de 0,59 ñ 0,17 para 0,65 ñ 0,14, p<0,01) principalmente nos pacientes com infarto anterior. Quatro óbitos foram observados na fase inicial do tratamento cirúrgico. Trinta e seis pacientes foram submetidos à angioplastia coronária observando-se significativa reduçäo da obstruçäo arterial e aumento da fraçäo de ejeçäo de 0,51 ñ 0,19 para 0,60 ñ 0,19 p < 0,001. Um paciente faleceu de choque cardiogênico e recidiva precoce da oclusäo foi observada em 11% dos pacientes. Outro paciente faleceu subitamente 6 meses após e 26% dos pacientes apresentaram episódios isquêmicos tardios. A evoluçäo clínica tardia (42-66 meses) foi satisfatória em 61% dos pacientes)...