Fibrilaçäo atrial pós-operatória na revascularizaçäo do miocárdio
Postoperative atrial fibrilation in myocardial revascularization

Arq. bras. cardiol; 52 (1), 1989
Publication year: 1989

Foram estudados 186 pacientes submetidos a cirurgia de revascularizaçäo do miocárdio, encontrando-se uma incidência de fibrilaçäo atrial de 6,04 (11 casos). A idade dos pacientes foi de 49 a 73 anos, sendo 81,80% do sexo masculino. As incidências de diabetes melito, tabagismo e hipertensäo arterial pré-operatória foram, respectivamente 18,20%; 54,50% e 36,40%. A média de artérias revascularizadas foi 2,42% ñ 1,19 estando o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda comprometido em 81,20% dos casos. O tempo de circulaçäo extracorpórea foi de 100 ñ 39,60 minutos e o tempo de anóxia 70,60 ñ 37,70 minutos. Em 45,50% dos pacientes utilizou-se canulaçäo atrial única para drenagem venosa e 63,60% dos pacientes apresentaram distensäo cardíaca com fibrilaçäo ventricular no período imediatamente após a interrupçäo da circulaçäo extracorpórea. As arritmias foram observadas no período pós-operatório de 1,66 ñ 2,17 dias sendo que 45,50% dos pacientes apresentaram mais de um episódio de arritmia distintos. O tratamento utilizado foi a cardioversäo em 25,00% dos casos, atenolol por via oral em 18,75% e digitalizaçäo endovenosa associada à quinidina em 56,25%. Destacam-se, portanto a distensäo cardíaca, a utilizaçäo de drenagem caval única e a inadequada proteçäo miocárdica intraioperatória. A participaçäo do comprometimento do fluxo da artæeria circunflexa, responsável pela irrigaçäo dos átrios, pode ser uma evidência da isquemia como causa de arritmias supraventriculares, podendo constituir-se...

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