A atividade física tem revelado relaçäo inversa com a cardiopatia isquêmica, existindo evidências de que o teor sangüíneo de lipídeos e lipoproteínas modificam-se no sentido anti-aterogênico em resposta ao exercício. Nesse sentido o presente estudo comparou indivíduos com graus diversos de atividade física, seus respectivos perfis lipídico/lipoprotéico, além de suas variáveis antropométricas e fisiológicas. Foram estudados 157 pacientes do sexo masculino, média etária de 21 anos, extremos 15 e 31 anos, näo fumantes, divididos em grupo de atletas (G1), 88 casos, e grupo näo-atleta (G2), 69 casos. Procedeu-se à análise estatística através dos métodos de t Student, X2 e Spearman, com nível de significância de 0,05. G1 apresentou maior capacidade aeróbica e menor conteúdo de gordura corporal que G2. O colesterol e triglicerídeos tiveram valores inferiores com G1, bem assim o VLDL-colesterol e os índices de risco 1 e risco 2, respectivamente relaçäo colesterol/HDL-colesterol e relaçäo LDL-colesterol näo diferiram entre os grupos. Nos näo-atletas a porcentagem de gordura corporal apresentou correlaçäo direta significativa com os triglicerídeos, VLDL-colesterol e índices de risco 1 e 2, além de correlaçäo inversa com o HDL-colesterol. Os atletas apresentaram perfil lipídico/lipoproteíco mais favoravél, sugerindo menor risco de desenvolvimento da cardiopatia isquêmica