Aparelho valvar mitral: um enfoque anátomo-ecocardiográfico
The mitral valve apparatus: an anatomo echocardiographic approach

Arq. bras. cardiol; 53 (2), 1989
Publication year: 1989

Os autores estudam a forma do anel mitral, a disposiçäo das cordoalhas e das cúspides em 34 coraçöes normais fixados, em que a valva foi mantida coaptada através da injeçäo de formalina no interior do ventrículo esquerdo. Considerando a grande similaridade entre a arquitetura sistólica fisiológica desta câmara e aquela presente no coraçäo normal de cadáver necropsiado dentro das primeiras horas após a morte, admitem que aquele método de estudo reproduz a configuraçäo do aparelho mitral presente no final da sístole e, por isso, estabelecem comparaçöes entre os achados anaômicos encontrados daquele modo com aqueles observados à ecocardiografia naquela fase de revoluçäo cardíaca. O anel mitral tem a forma de u parabolóide hiperbólico, o que explica porque o corte ecográfico "apical 4 câmeras", que explora as regiöes mais deprimidas deste anel e a incidência mais propícia para detectar segmentos cuspidianos mais salientes para o átrio esquerdo. Nesta incidência o diâmetro valvar é ligeiramente maior (2,43 ñ 0,45 cm contra 1,99 ñ 0,41 cm), as cúspides formam um ângulo mais obtuso (127,41 ñ 16,45§ contra 102,05 ñ 16,21§) e o ponto de captaçäo valvar é um pouco mais superficial (0,45 ñ 0,17 cm contra 0,59 ñ 0,16 cm) que na incidência "para-esternal" - fatores que, somados, concorrem para deixar maiores segmentos de ambas as cúspides mais próximas da linha que habitualmente se utiliza, à ecocardiografia clínica, para definir o plano valvar (LPVE) - linha de plano valvar ecográfico)...

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