Objetivando estudar o comportamento hemodinâmico de pacientes com mais de 60 anos de idade nas primeiras 36 horas de infarto agudo do miocárdio (IAM), 80 pacientes foram submetidos a estudo hemodinâmico à beira do leito por meio de cateter de Swan-Ganz.

Os pacientes foram divididos em dois conjuntos:

A) com idade igual ou superior a 60 anos (63,3 ñ 3) e B) com idades inferiroes a 60 anos (49,6 ñ 1,5). Considerando-se a localizaçäo eletrocardiográfica da área infartada dos conjunts A e B, as freqüências de casos foram, respectivamente: área infartada, parede inferior, 14 e 20 casos em parede anterior, 25 e 21 casos. A análise de variância dos parâmetros estudados isoladamente näo demonstrou diferença entre os subconjuntos estudados, independentemente da localizaçäo do IAM.

Ao ser considerada a classificaçäo de Forrester a freqüência de casos nos respectivos grupos hemodinâmicos foi:

grupo I, A = 15 e B = II; grupo II, A = 16 e B = 9; grupo III, A = 13 e B = 3; grupo IV, A = 5 e B = 8. A análise estatística demonstrou diferença significativa (p <= 0,05) entre os conjuntos apenas no grupo III cuja freqüência de idosos foi maior. Portanto, nas primeiras 36 horas de IAM os idosos exibiram maior prevalência do estado hipovolêmico em relaçäo aos mais jovens. A dificuldade para o diagnóstico clínico e a importância prognóstica desse estado nessa populaçäo justificam a realizaçäo de estufdo hemodinâmico à beira do leito, em em pacientes com idades superiores a 60 anos exibindo instabilidade...