Uso de alfametildopa no ciclo gravídico-puerperal de pacientes hipertensas e avaliaçäo dos conceptos até o terceiro ano de vida
Effects of alpha methyldopa in hypertensive pregnant women and evaluation of the offsprings up to 3 years.

Arq. bras. cardiol; 55 (2), 1990
Publication year: 1990

Objetivo:

Avaliar os efeitos do uso de alfametildopa em gestantes portadoras de Hipertensäo arterial leve ou moderada, bem como no concepto.

Material e Métodos:

Trinta e uma gestantes hipertensas, com idade média de 31 anos, sendo seis (10,35%) primigestas, submetidas, após a 12§ semana de gestaçäo, ao uso de alfametildopa, em dose inicial de 250 mg/dia, aumentada semanalmente de acordo com a resposta. Os níveis tensionais foram medidos em posiçöes supina e ereta e as pacientes submetidas a avaliaçäo laboratorial incluindo verificaçäo das taxas sangüíneas de hemoglobina, hematócrito, leucócitos, bilirrubina, fosfatase alcalina, ácido úrico, além de reaçäo de Coombs, clearance de creatinina, bem como ultrassosnografia obstétrica e eletrocardiograma. Foram analisadas as condiçöes de parto,d e evoluçäo puerperal, de nascimento e de desenvolvimento do concepto até os três anos de idade.

Reultados:

alfametildopa foi empregada em média por 14,2 semanas, em doses médias de 685 g/dia. Houve eficácia terapêutica no controle dos níveis tensionais em 30(96,77%) pacientes. Näo foram registrados efeitos colaterais de natureza clínica ou laboratorial. A droga näo se associaou a anormalidades no parto, no puerpério, no recém-nato e no desenvolvimento pôndero-estadual das crianças até período de três anos de idade.

Conclusäo:

A alfametildopa mostrou-se droga eficaz e bem tolerada no controle de Hipertensäo arterial leve ou moderada de gestantes, näo se associando a influências desfavoráveis no decorrer do ciclo gravídico-puerperal e no desenvolvimento da criança no periódo observado

Purpose:

To evaluate the effects of alpha methyldopa in pregnant women with mild to moderate arterial hypertension as well as in the offsprings.

Material and Methods:

Thirty one pregnant hypertensive women, mean age 31 years, six (10.35%) primigravids, after the 12th week of pregnance received alpha methyldopa, initial 250mg/day, weekly increased depending to the response.

Blood pressure was measured in supine and standing positions and the patients were submitted to a laboratorial evaluation including:

hemoglobin, hematocrit, leukocytes, platelets, urea, creatinin, glucose, transaminases, bilirrubin, alkaline phosphatase, uric acid, Coombs, creatinin clearance, as well as obstetric ultrassonography and electrocardiogram. The labor, childbirth conditions and puerperal evolution, were evaluated as well as the development of the offspring up 3 years of age.

Results:

Alpha methyldopa was administred for an average period of 14.2 weeks, mean dose of 685 mg/day. In thirty patients (96.77%) blood pressure was efficiently controlled. Clinical and laboratorial adverse experiences were not observed. The use of drug was not associated with abnormalities during the labor, in the purperium, in the newborn and during the development of the children up 3 years of age.

Conclusion:

Alpha methyldopa is efficacious and well tolerated in the control of mild to moderate hypertension in pregnant women, and is not associated with unfavorable consequences during the pregnancy, puerperal cycle an in the development of the children in the study period.

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