Cineventriculografia com radionuclídeos e dipiridamol venoso na avaliaçäo prognóstica após infarto agudo do miocárdio
Dipyridamole—radionuclide ventriculography in the prediction offuture cardiac events after acute myocardial infarction.

Arq. bras. cardiol; 55 (3), 1990
Publication year: 1990

Avaliar a cineventriculografia com radionuclídeos (VGR) e dipiridamol venoso (VGR-D) na previsäo de futuros eventos cardíacos após infarto do miocárdio (IAM). Casuística e Métodos - Quarenta e um pacientes (37 homens) com IAM submetidos a VGR em repouso e VGR-D (0,58 mg/Kg de peso) venoso. Considerou-se positivo para isquemia a incapacidade em elevar a fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo em 0,05 do valor basal. Todos os pacientes foram ainda submetidos a cinecoronariografia e, em 36 casos, foi realizada cintigrafia com tálio-201 para comparaçäo. O acompanhamento médico foi de 16 ñ 3 meses, sendo definido como evento cardíaco futuro as ocorrências de morte de origem cardíaca, reinfarto do miocárdio, angina ou insuficiência cardíaca significativas. Resultados - Vinte (50%) pacientes apresentaram eventos cardíacos durante a evoluçäo. Destes 90% tinham VGR-D positiva, enquanto que dentre os livres de eventos, VGR-D foi positiva em 24% (p < 0,01). Entre os parâmetros ventriculográficos estudados, o tipo de reposta da fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo ao dipiridamol, bem como seus valores absolutos apresentaram os mais significativos resultados da previsäo de futuros eventos (p < 0,01 e p < 0,001). Dos 36 pacientes submetidos também a cintigrafia de perfusäo, 16 subseqüentemente evoluíram com eventos, dentre os quais a cintigrafia era positiva em 82% (p < 0,01). Näo houve complicaçöes fatais, embora 12 (29%) pacientes tenham apresentado reaçöes isquêmicas clínicas durante o teste. Conclusäo - VGR-D mostrou-se sensível na previsäo de eventos cardíacos futuros após IAM, embora experiência adicional seja necessária antes de recomendá-la rotineiramente
Purpose — To evaluate safety and usefulness of dipyridarrtole-radionuclide ventriculography (D-RVG), soon after acute myocardial infarction (MI), in the prediction of future cardiac events. Traditionally performed tests were also compared. Patients and Methods — Forty-one patients (4 females) with recent MI underwent rest and dipyridamole (0,58 mg/kg of body weight) radionuclide ventriculography. The criteria for a positive test for ischemia was failure to increase left ventricular ejection fraction in 0,05 from baseline value. All patients had also coronary angiography and 36 patients underwent thallium-201 scintigraphy for comparison. The mean follow-up was 16 ± 3 months.

The following findings were considered future for events:

cardiac death, reinfarction, significant angina or heartfailure. Results — During the follow-up 18 of the 20 patients who had cardiac events had shown positive dipyridamole-RVG, as opposed to 5 of 21 event-free patients (p < 0,01). The ventriculographic criteria for a positive test and dipyridamole left ventricular ejection fraction were the strongest predictors of those medical events (p < 0,01 and p < 0,001). Among the 36 patients who had thallium-201 imaging, 16 subsequently had cardiac events and the scans were positive in 82% (p < 0,01). Twelve (29%) patients experienced reactions during dipyridamole infusion although no fatal complications were noted. Conclusion — Dipyridamole-RVG is relatively safe and a sensitive predictor of future cardiac events soon after acute MI, although additional experience is required before this new technique should be routinely recommended as an alternative approach.

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