Substituição valvar mitral por bioprótese porcina em crianças: avaliaçäo de 29 pacientes durante 12 anos
Mitral valve replacement by porcine bioprosthesis in children. Evaluation of 29 patients carried out for 12 years.
Arq. bras. cardiol; 58 (2), 1992
Publication year: 1992
Objetivo - Analisar o resultado clínico da substituiçäo valvar mitral pela bioprótese de porco, a incidência da disfunçäo por calcificaçäo e sua importância em, relaçäo à durabilidade das biopróteses e à sobrevida dos pacientes. Métodos - Desde novembro de 1977 até agosto de 1982 foram operadas 29 crianças, de 7 a 16 anos de idade. Todas receberam biopróteses de baixo perfil de porco. Resultados - Houve 3 (10,34%) óbitos hospitalares e 9 (31,03%) óbitos tardios. O tempo de seguimento variou de 4 a 128 (média de 58,17) meses, perdendo-se 9 pacientes. Através de curva atuarial observou-se sobrevivência de 46,08% aos 11 anos de pós-operatório (PO). Entre os 17 pacientes em seguimento, ocorreu calcificaçäo de 21 biopróteses em 14 (82,35%), sendo 47,6% destes até o 3§ ano de PO e 85, 7% até o 5§ ano. Foram reoperados 11 pacientes, com mortalidade operatória de 9,09%. Näo houve casos de tromboembolismo. Conclusäo - A bioprótese de porco apresenta bom funcionamento com evidente melhoria clínica dos pacientes, näo ocorrendo acidentes tromboembólicos. Entretanto, a sua durabilidade esta comprometida pela alta incidência de calcificaçäo, responsável por um aumento na morbidade e na mortalidade tardia. O tratamento atual da valvulopatia mitral em crianças deve ser conservador, procurando-se realizar plastia valvar, deixando-se a sua substituiçäo como última opçäo. Neste caso, dá-se preferência à bioprótese homólogo
Objetivo - Analisar o resultado clínico da substituição valvar mitral pela bioprótese de
porco, a incidência da disfunção por calcificação e sua importância em relação à durabilidade das biopróteses e à sobrevivência dos pacientes. Métodos - Desde novembro de 1977 até agosto de 1982 foram operadas 29 crianças, de 7 a 16 anos de idade. Todas receberam biopróteses de baixo perfil de porco. Resultados - Houve 3 (10,34%) óbitos hospitalares e 9 (31,03%) óbitos tardios. O tempo de seguimento variou de 4 a 128 (média de 58,17) meses, perdendo-se 9 pacientes. Através de curva atuarial observou-se sobrevivência de 46,08% aos 11 anos d e pós-operatório (PO). Entre os 17 pacientes em seguimento, ocorreu calcificação de 21 biopróteses em 14 (82,35%), sendo 47,6% destes até o 3° ano de PO e 85,7% até o 5º ano. Foram reoperados 11 pacientes, com mortalidade operatória de 9,09%. Não houve casos de tromboembolismo. Conclusão - A bioprótese de porco apresenta bom funcionamento com evidente melhora clinica dos pacientes, não ocorrendo acidentes tromboembólicos. Entretanto, a sua durabilidade esta comprometida pela alta incidência de calcificação, responsável por um aumento na morbidade e na mortalidade tardia. O tratamento atual da valvulopatia mitral em crianças deve ser conservador, procurandose realizar plastia valvar, deixando-se a sua substituição como última opção. Neste caso, dáse preferência à bioprótese homóloga