Valvoplastia mitral por cateter baläo: resultados imediatos e seguimento de 1 ano
Percutaneous mitral balloon valvuloplasty.early results and one year follow-up

Arq. bras. cardiol; 58 (6), 1992
Publication year: 1992

Objetivo - Avaliar os resultados da valvoplastia mitral por cateter baläo (VMCB) a curto e a médio prazos. Métodos - Cento e quatro procedimentos em 103 pacientes, 89 (87%) mulheres e média etária de 33 anos. O diagnóstico foi estenose mitral (EM) em 95 (91%), reestenose mitral em 7 (7%) e bioprótese estenótica em 2(2%). Doze pacientes (10%) estavam em classe funcional (CF) II (NYHA), 73 (70%) em CF III e 19 (18%) em CF IV. Noventa e três (89%) estavam em ritmo sinusal, 10 (10%) em fibrilaçäo atrial e 1 (1%) em ritmo funcional. Em 99% dos casos a técnica empregada foi transeptal.

Resultados hemodinâmicos comparativos entre pré X pós VMCB imediato foram:

área valvar mitral (cm2) 0,75 ñ 0,27 x 1,68 ñ 0m48 (p < 0,0001), gradiente AE-VE médio (mmHg) 19,52 ñ 8,03 x 5,44 ñ 4,38 p < 0,0001); pressäo média de AE (mmHg) 24,72 ñ 8,76 x 9,63 ñ 6,11 (p < 0,0001); índice cardíaco (L/min/m*) 2,55 ñ 0,69 x 2,92 ñ 0,77 (p < 0,0001); pressäo média de AP (mmHg) 40,17 ñ 16,52 x 25,65 ñ 13,77 (p < 0,0001). Ao ecocardiograma os resultados comparativos entre pré-VMCB, pós-VMCB, controle de 6 meses e 12 meses pós-VMCB foram respectivamente: área valvar mitral (cm*) 0,89 ñ 0,23 x 1,87 ñ 0,41 x 1,72 ñ 0,43 x 1,64 ñ 0,44 e gradiente transvalvar mitral (mmHg) 13,12 ñ 4,66 x 6,44 ñ 2,93 x 7,72 ñ 3,24 x 8,30 ñ 4,17. Houve um óbito imediato pós-VMCB em paciente portadora de tromboembolismo pulmonar, 4 (4%) pacientes com insuficiência mitral importante (1 óbito no pós-operatório imediato) e 2 pacientes com reestenose mitral. Conclusäo - A VMCB mostra-se método eficaz e seguro ocorrendo persistência de bons resultados no período de 1 ano de acompanhamento
Purpose - To evaluate percutaneous mitral balloon valvuloplasty (PMBV) results immediately and one yearfollow-up. Methods - One hundred andfour procedures in 103 patients, 89 (87%) were women and mean age was 33. Ninety five (91%) had mitral stenosis, 7 (7%) mitral restenosis and 2 (2%) stenotic bioprosthesis. Twelve (10%) patients were in functional class (FC) II (NYHA), 73 (70%) in FC III and 19 (18%) in FC IV. Ninety three (89%) were in sinusal rhythm, 10 (10%) had atrialfibrilation and 1 (1%) junctional rhythm. In 99% cases the transeptal access was used. Results - The comparative haemodinamic results late x immediately after-PMBV were mitral valve area (cm2) 0.75 ± 0.27 x 1.68 ±0.48 (p < 0.0001), gradiente AE-VE average (mmHg) 19.52 ± 8.03 x 5.44 ± 4.38 (p < 0.0001); average pressure AE (mmHg) 24.72 ± 8.76 x 9.63 ± 6.11 (p < 0.0001), cardiac inde x (L/ min/m2) 2.55 ± 0.69 x 2.92 ± 0.77 (p < 0.0001); average pressure PA (mmHg) 40.17 ± 16.52 x 25.65 ± 13.77 (p < 0.0001). The echocardiography results pré-PMBV, post-PMBV, 6 and 12 months after PMBV were respectively: mitral valve area (cm2) 0.89 ± 0.23 x 1.87 ± 0.41 x 1.72 ± 0.43 x 1.64 ± 0.44 and mitral transvalvar gradient (mmHg) 13.12 ± 4.66 x 6.44 ± 2.93 x 7.72 ± 3.24 x 8.30 ± 4.17. There was one death immediately after-PMBV in a patient with pulmonar thromboembolism. Four (4%) had severe mitral regurgitation and went to surgery (1 death). There were 2 mitral reestenosis. Conclusion - For selected patients PMBVis a safe method and the good results are maintained in 1 year follow-up

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