Uso de marcapasso com resposta de freqüência após transplante cardíaco
Rate responsive pacemaker implant following heart transplantation
Arq. bras. cardiol; 59 (5), 1992
Publication year: 1992
Objetivo - Indicações e resultados obtidos com o implante de marcapasso cardíaco definitivo (MP) após transplante cardíaco ortotópico (TC). Métodos - Quatro pacientes submetidos a TC implantaram MP no período pós-operatório (PO) imediato (10° ao 16° dia). Suas idades variavam entre 33 e 55 anos. As indicações foram arritmia supraventricular (flutter/fibrilação
atrial alternada com bradicardia sinusal) associada a bloqueio atrioventricular em 3, e bloqueio atrioventricular total em um paciente Previamente ao implante de MP foi realizada biópsia endomiocárdica, que foi normal em 2, evidenciou rejeição leve em um e moderada no paciente restante. O sistema de estimulação utilizado foi unicameral ventricular com resposta de freqüência (WI-R), com sensor para atividade física (1 paciente) ou volume minuto respiratório (3 pacientes). Resultados - Um paciente faleceu no 20° dia PO por
rejeição aguda, não controlada porpulsoterapia e os demais evoluíram satisfatoriamente, tendo sido o MP programado antes da alta mediante teste ergométrico em esteira. Avaliação tardia por ergometria e eletrocardiograma ambulatorial mostrou o MP funcionando adequadamente e atualmente os pacientes estão em situação clínica satisfatória no 6°, 14° e
24 ° mês de PO. Conclusão - O modo de estimulação WI-R representou terapêutica adequada em pacientes que necessitaram de MP após TC, especialmente consi-derando-se a concomitância de instabilidade elétrica atrial
Purpose - The indications and the results of pacemaker implant following orthotopic cardiac
transplantation. Methods - Four patients implanted a cardiac pacemaker (PM) in the early post-operative period (PO) of orthotopic cardiac transplantation (from 10th to 16th PO day) The patients were 33 to 55 year-old and the indications to PM were supraventricular arrhythmia (atrial fibrillation or flutter) associated with atrioventricular block in three, and complete atrioventricular block in one patient. Previous to PM implant, patients were submitted to endomyocardial biopsy, which was normal in two patients, evidenced mild rejection in one and moderate rejection in the remaining. A ventricular rate responsive pacemaker was implanted in all patients, with sensors responsive to muscular activity in one patient, and to minute ventilation in three. Results - One patient died in the 20th PO due to acute allograft rejection not controlled by imu-nossupressive drugs. Three other patients had satisfatory evolution and the pacemakers were programmed during exercise testing, previous to hospital discharge. Recent evaluation revealed that these patients are in good clinical condition at the 6th, 14th and 24th PO months. Adequate pacemaker function was
insured by exercise testing and ambulatory electrocardiographic recording. Conclusion - A ventricular rate responsive pacemaker represented a satisfactory mode of pacing, in patients with severe bradycardia, following heart transplantation