Lipoproteína (a), apoliproteínas e perfil lipídico em fase tardia após o transplante cardíaco
Lipoprotein (a), apolipoproteins and the lipid profile late after heart transplantation
Arq. bras. cardiol; 63 (6), 1994
Publication year: 1994
Objetivo - Avaliar se a lipoproteína (a) [Lp(a)], apolipoproteína (apo) A1, apo B e perfil lipídico plasmático (PL) diferem os pacientes transplantados (TC) dos portadores de doença arterial coronariana (DAC) e os sem DAC (NL) e se o PL evidencia pacientes com doença coronariana do transplante (DCT). Métodos - Foram estudados 170 pacientes divididos em 3 grupos: I) TC [n= 43, 46 + ou - 15 anos, 24 meses (mediana) após o transplante], 28 submetidos a angiografia coronariana serial após o 1§ ano de cirurgia [subgrupos com DCT (n=9) e sem DCT (NDCT) (n=19)]; II) DAC (n=72, 48 + ou - 6 anos); III) NL (n=45, 50 + ou - 6 anos). Resultados - O grupo TC apresentou níveis maiores de apo A1 que DAC e NL [(1,5 + ou - 0,5 vs 1,2 + ou - 0,05 vs 1,1 + ou - 0,06 g/l, p<0,05). A apo B foi maior no DAC que TC e NL (1,5 + ou - 0,05 vs 1,2 + ou - 0,7 vs 1,3 + ou - 0,09 g/l p<0,05). A Lp(a) tendeu a ser maior em TC e DAC que NL [25 (2-97), 24(1-130) e 15 (1-100)mg/dl, p=0,05)]. Quando avaliados pareadamente vs os NL a Lp(a) foi maior nos TC e DAC (p=0,019 e 0,03). O PL näo diferiu entre DCT e NDCT. Conclusäo - Aumentos da Lp(a) após o transplante poderiam estar relacionados a elevada prevalência de DCT. O PL näo discriminou a DCT