Coraçäo de atleta
Athlete's heart

; (), 1994
Publication year: 1994

As consequências a longo prazo da atividade física regular, intensiva e prolongada no coraçäo näo estäo ainda totalmente esclarecidas. Admite-se que as alteraçöes hatibualmente observadas sejam resultantes da alta estimulaçäo fisiológica sobre o aparelho cardiovascular, por um período näo inferior a seis meses, de modo constante. Com a suspensäo do estímulo, ocorreria a regressäo aos padröes iniciais sem deixar sequelas. Lancini (1654-1720) fez a primeira observaçäo de que o esporte dilatava o coraçäo. Corvisart (1755-1821) descreveu a hipertrofia cardíaca relacionada a exercícios físicos. Bergmann e Parrot (1893) descreveram que coraçöes de animais selvagens eram mais pesados do que coraçöes de animais da mesma espécie, porém domesticados. Henchen, em 1899, utilizando a técnica propedêutica de percussäo do precórdio relatou a cardiomegalia de esquiadores competitivos, após os primeiros jogos olímpicos da era moderna, admitindo-a como hipertrofia fisiológica. O crescimento cardíaco foi considerado como resultante da genética, do treinamento intensivo e prolongado, ou de ambas as condiçöes. A cardiomegalia do atleta foi inclusive atribuída a patologias cardíacas como o reumatismo, sífilis ou cardiopatias congênitas associadas ao treinamento intensivo, porém Rost, examinando o coraçäo de atletas falecidos acidentalmente, näo encontrou patologia cardíaca de base. Descreveu as alteraçöes encontradas como uma dilataçäo e hipertrofia concêntrica simétrica e bilateral, diferentemente das causadas por patologias, que induzem a aumentos regionais ...

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