A doença vascular como complicaçäo da aterosclerose constitui-se na principal causa de morbidade e mortalidade, principalmente em indivíduos idosos, tanto do sexo masculino como feminino. Como a mulher, em média, vive 5 a 8 anos mais que o homem, o número absoluto de mortes relacionadas às doenças vasculares é maior no sexo feminino. Assim, em 1988, 503.542 mulheres e 476.246 homens faleceram nos Estados Unidos da América (EUA) em consequência de doenças cardivoasculares. Por outro lado, aproximadante uma em cada duas mulheres falece em consequência de algum processo vascular, sobrepujando largamente os óbitos devidos a todas a neoplasias. No entanto, a importância das doenças vasculares na mulher tem sido minimizada e mesmo ignorada. Embora as mulheres apresentem menor prevalência dessas afecçöes em grupos etários mais jovens, a incidência aumenta progressivamente com o avançar da idade. Entre os 25 e 35 anos os homens apresentam menor prevalência de coronariopatia 2 a 3 vezes maior, entre 36 e 9anos 1,7 vezes maior, mantendo a mairo prevalência até os 70 anos. Apenas após os 75 anos observa-se que a frequência torna-se igual em ambos os sexos. Este aspecto também tem sido verificado em nosso meio. Levantamento do Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que em 1985, no município de Säo Paulo, a prevalência de coronariopatias era miaor no sexo masculino até os 74 anos, porém após essa idade era praticamente igual nos doi sxos. Aterosclerose é uma afecçäo que se desenvolve pela açäo de múltiplos fatores sobre a parede arterial, sendo evidente que a intensidade dos fatores inuriantes, assim como o tempo de duraçäo de sua atuaçäo, têm importância na gravidade das alteraçöes. As complicaçöes da aterosclerose e, principalmente a mais frequente, a coronariopatia, têm sido tradicionalmente consideradas como afecçöes do sexo masculino. A maioria das pesquisas, relativa às causas, prevençäo e mesmo diagnóstico e tratamento foi ondzida em homens e, mais especificamente, homens brancos de meia idade sendo a razäo fundamental para essa conduta a incidência precoce das complicaçöes da aterosclerose no sexo masculino. Atualmente existe consenso entre os pesquisadores de que säo necessários mais estudos sobre os fatores de risco (FR) de aterosclerose em mulheres, pricipalmente idosas. Há também necessidade de informaçäo sobre se as medidas preventivas da aterosclerose...