Tratamento clínico, elétrico e cirúrgico da cardiomiopatia hipertrófica
Arq. bras. cardiol; 66 (2), 1996
Publication year: 1996
Em sentido estrito, como propôs a Organizaçäo Mundial de Saúde, cardiomipatia hipertrófica (CMH) designa afecçäo miocárdica de etiologia desconhecida, caracterizada anatômica e histologicamente por hipertrofia miocárdica e desarranjo miofibrilar típico e, funcionalmente, por dificuldade de enchimento da câmara ventricular acometida (hipodiastolia) e preservaçäo ou exacerbaçäo da funçäo sistólica. Sob essa conceituaçäo abriga-se um leque de variedades anatômicas e formas evolutivas, com quadros clínos e hemodinâmico semelhantes, porém com prognósticos distintos. Nesta revisäo discutir-se-á täo somente o tratamento atual da variedade septal assimétrica, de longe a mais prevalente. Nesta variedade, a hipertrofia localiza-se predominantemente no septo interventricular (SIV) em epecial na sua via de saída, podendo ou näo cursar com obstruçäo à ejeçäo sistólica.