Há exatamente um século, na década de 1890, o interior paulista, em especial sua rica zona cafeicultora, era assolado por grandes epidemias de febre amarela. Além de implicaçöes políticas e sanitárias, esses processos sanitários afetavam o cotidiano da populaçäo em múltiplos aspectos. A partir do estudo de um caso exemplar para o período, a epidemia de febre amarela que assolou o município de Araraquara entre 1895 a 1898, investiga o impacto social da doença sob vários aspectos: a) a incidência e a mortalidade da doença em diferentes grupos populacionais (sexo, grupos etários e nacionalidades) e as consequências sobre a imigraçäo; b)as mudanças ensejadas pela epidemia na higiene privada e pública; c)migraçäo dentro do município durante a epidemia; d)o pânico gerado pela doença e o imaginário da populaçäo.