Arq. bras. cardiol; 89 (1), 2007
Publication year: 2007
OBJETIVO:
Avaliar a operação para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea (CEC) em pacientes com importante disfunção ventricular esquerda. MÉTODOS:
Foram submetidos a operação para revascularização do miocárdio sem CEC, 405 pacientes com fração de ejeção (FE) abaixo de 35 por cento. A operação foi realizada com auxílio de estabilizador por sucção e ponto de LIMA. As anastomoses distais foram feitas primeiro. RESULTADOS:
Foram avaliados 405 pacientes com idade média de 63,4±9,78 anos, sendo 279 do sexo masculino (68,8 por cento). Quanto a fatores de risco, 347 eram hipertensos, 194 tabagistas, 202 dislipidêmicos e 134 diabéticos. Encontravam-se em classe funcional III e IV 260 pacientes. Eram renais crônicos 20 pacientes, em programa de diálise. Foram operados em caráter de emergência 51 pacientes, e 33 já apresentavam operação prévia. A FE média foi de 27,2±3,54 por cento. O EUROSCORE médio foi de 8,46±4,41. O número médio de anastomoses foi 3,03±1,54 por paciente. Necessitaram de balão intraórtico após a indução anestésica 49 pacientes (12 por cento), e 73 (18 por cento) necessitaram de suporte inotrópico no período transoperatório. Quanto a complicações, 2 (0,49 por cento) apresentaram insuficiência renal, 2 apresentaram mediastinite (0,49 por cento), 7 (1,7 por cento) necessitaram de reoperação por sangramento, 5 (1,2 por cento) apresentaram infarto agudo do miocárdio e 70 (17,3 por cento) apresentaram fibrilação atrial. Houve 18 óbitos (4,4 por cento). CONCLUSÃO:
Com base nesses dados, concluímos que a operação para revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em pacientes com disfunção ventricular esquerda é segura e eficaz, sendo uma alternativa para pacientes de alto risco. Os resultados obtidos foram superiores ao previsto pelo EUROSCORE.
OBJECTIVE:
To assess off-pump myocardial revascularization in patients with significant left ventricular dysfunction. METHODS:
Four hundred and five patients with an ejection fraction less than 35 percent underwent myocardial revascularization without extracorporeal circulation. The procedure was performed with the aid of a suction stabilizer and the LIMA stitch. The distal anastomoses were performed first. RESULTS:
A total of 405 patients were evaluated whose mean age was 63.4±9.78 years. Two hundred and seventy-nine patients were men (68.8 percent). With regard to risk factors, 347 patients were hypertensive, 194 were smokers, 202 were dyslipidemic, and 134 had diabetes. Two hundred and sixty patients were classified as NYHA functional class III and IV. Twenty patients suffered from chronic renal disease and were under dialysis. Fifty-one underwent emergency surgery, and 33 had been previously operated on. The mean ejection fraction was 27.2±3.54 percent. The mean EuroSCORE was 8.46±4.41. The mean number of anastomoses performed was 3.03±1.54 per patient. Forty-nine patients (12 percent) needed an intra-aortic balloon inserted after induction of anesthesia, whereas 73 (18 percent) needed inotropic support during the perioperative period. As to complications, 2 patients (0.49 percent) had renal failure, 2 had mediastinitis (0.49 percent), 7 (1.7 percent) needed to be reoperated because of bleeding, 5 patients (1.2 percent) suffered acute myocardial infarction, and 70 patients (17.3 percent) experienced atrial fibrillation. Eighteen (4.4 percent) patients died. CONCLUSION:
Based on the data above, we concluded that myocardial revascularization without extracorporeal circulation in patients with left ventricular dysfunction is a safe and effective technique, and an alternative for high-risk patients. Results obtained were better than those predicted by EuroSCORE.