Relação da homocisteinemia com a sensibilidade à insulina e com fatores de risco cardiovascular em um grupo indígena brasileiro
Relationship of homocysteinemia with the insulin sensitivity and cardiovascular risk factors in a brazilian indians group

Arq. bras. endocrinol. metab; 46 (3), 2002
Publication year: 2002

A hiper-homocisteinemia é um fator de risco cardiovascular independente, Há controvérsias sobre uma possível relação entre a homocisteína e a resistência/sensibilidade à insulina. Para testar a relação entre a homocisteinemia e a sensibilidade à insulina, noventa índios Parkatêjê (90 por cento da população adulta, sem miscigenação) tiveram os níveis séricos de homocisteína total (HPLC) dosados. A sensibilidade à insulina (porcentagem S) foi calculada pelo HOMA. Uma índia diabética foi excluída das análises envolvendo glicemia, insulina, pró-insulina, HbAI c e porcentagem S. Hiper-homocisteinemia e hiperinsulinemia ao jejum foram encontradas em 26,7 por cento e 25,8 porc ento dos índios, respectivamente. O logaritmo natural (In) da homocisteína correlacionou-se positivamente com a pressão arterial sistólica (r= 0,22) e diastólica (r= 0,21), triglicérides (r= 0,39) e ácido úrico (r= 0,40), após ajuste para idade e sexo, mas não com a insulina, pró-insulina e In porcentagem S. O In da homocisteína foi semelhante em todos os quartis de porcentagem S e também entre os indivíduos com e sem hiperinsulinemia de jejum. A insulina, pró-insulina e In porcentage S foram semelhantes entre os indivíduos com e sem hiper-homocisteinemia. Observamos correlações entre variáveis relacionadas ao risco cardiovascular, mas não entre essas variáveis e a insulina ou o In porcentagem S. Este achado talvez seja peculiar deste grupo, Concluindo, as variações nas concentrações séricas da homocisteína não estão relacionadas à insulina, à pró-insulina e à porcentagem S entre os Parkatêjê.

More related