Neste trabalho, o autor faz um breve histórico sobre o acidente radioativo de Goiânia, suas repercussöes, e a solicitaçä feita ao Hospital Naval Marcílio Dias para que atendesse às vítimas. Relata a chegada dos pacientes e os recursos humanos existentes quando da constataçäo da gravidade do fato, o que obrigou a mobilizaçäo rápida de Oficiais Médicos cursados em especialidades correlatas ao problema e sobretudo de pessoal de enfermagem em seus níveis superior e técnico. Descreve todo o esforço feito no sentido de reunir todo o pessoal necessário, que foi cedido, de várias organizaçöes, inclusive navios; enfatiza o papel desempenhado pelos profissionais de enfermagem e a importância, como demonstrado, da qualificaçäo prévia na área de radioproteçäo, por meio de cursos e adestramentos constantes ministrados pela Marinha do Brasil. Realça a relevância da inteegraçäo entre as várias clínicas e serviços do Hospital Naval Marcílio Dias e entidades civis como a Comissäo Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Furnas e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como a participaçäo inestimável de especialistas estrangeiros. Finaliza expondo as razöes pelas quais foi escolhido um Hospital da Marinha para este tipo de atendimento, destacando, além dos aspectos profissionalizaçäo e competência, o fato de que sendo o acidente com radiaçöes ionizantes um evento que envolve alto padräo de risco, exige no seu atendimento adequado, uma estrutura bem definida e sobremodo hierarquizada, como söe ocorrer nos hospitais militares