Circulaçäo coronaria colateral: proteçäo natural da evoluçäo da doença isquêmica miocárdica

Arq. bras. med. nav; 50 (1), 1989
Publication year: 1989

A doença arterial coronária (DAC) evolui em espectro amplo e muito variável em seus aspectos de localizaçäo e gravidade das lesöes ateromatosas. As manifestaçöes clínicas abrangem diversas formas, desde situaçöes pouco expressivas, até sintomas bem definidos clínica e eletrocardiograficamente. O presente caso revela o contraste entre doença coronária grave e pobreza de sintomas específicos. O paciente em questäo se sentia bem, praticava inclusive exercícios normalmente e referia apenas palpitaçöes ocasionais. O ECG de repouso era praticamente normal, notando-se apenas onda T mais-menos na derivaçäo V4. O teste ergométrico foi muito bem tolerado, porém, mostrou sinais de isquemia em elevada carga de trabalho. Näo houve arritmias nem referiu dor precordial, o que denotava riqueza de sua circulaçäo colateral. Apesar de sabermos que a maioria dos episódios isquêmicos säo assintomáticos, o presente exemplo, lesäo grave coronáriana e paciente oligossintomático, podem coexistir na vigência de circulaçäo colateral adeuada

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