A presença de resíduos medicamentosos em alimentos destinados ao consumo humano vem se constituindo em motivo de constante preocupaçäo por parte das autoridades sanitárias, dos pesquisadores e do público em geral. Dentre tais resíduos, destacam-se os antibióticos e quimioterápicos, que, além de altamente poluentes, säo ainda lesivos em virtude do perigo potencial de induzirem resistência bacteriana as drogas do mesmo grupo químico (BELGIUM, 1981). O uso de antibióticos como tratamento e prevençäo de doenças ou mesmo como promotor de crescimento propicia a tençäo de resíduos nos tecidos animais, podendo provocar, no consumidor, reaçöes alérgicas, bem como alteraçöes na flora bacteriana intestinal. Pesquisaram-se resíduos de penicilina, tetraciclina, salinomicina e laquindox em 273 amostras de tecidos oriundas de frangos de cortes para exportaçäo. Este material, colhido ao acaso em abatedouros, procedeu dos estados do Paraná (269) e Santa Catarina (45). As amostras constavam de fragmentos de músculo (100), fígado (115), rim (96) e gordura (3). A técnica de análise empregada foi a de RANDERATH (1965) E STHAL (1969) modificada, com os seguintes graus de sensibilidade: (1) penicilina; 1 a 2 mcg/g; (2) tetraciclinas; 0,1 a 1,0 mcg/g; (3) salinocimina; 1,0 a 2,0 mcg/g e (4) olaquindox; 1,0 a 3,0 mcg/g. Utilizaram-se placas de cromotografia de camada, mediante cromotoplacas Merck, art. n§ 5554, ou placas de sílica gel G 60 ativadas a 100-105-C